Principais postulantes ao governo do estado não confirmaram presença nas urnas
Thiago Prado | O Globo
Rio de Janeiro tornou-se centro das mais importantes movimentações políticas do país desde a intervenção federal, mas permanece sem nenhum grande nome consolidado para concorrer ao Palácio Guanabara. A sete meses das eleições, as principais alternativas dos partidos ainda não confirmaram presença nas urnas. Mais: sequer emplacam 15% das intenções de votos em pesquisas não divulgadas que circulam nas legendas.
Em março de 2014, a situação era outra: naquela época, Anthony Garotinho e Marcelo Crivella estavam empatados na casa dos 20%, e Luiz Fernando Pezão — que acabou eleito — começava a subir nas sondagens. Todos os postulantes àquela altura do ano, de fato, concorreram.
Quatro anos depois, o cenário é muito mais incerto. Em diversos levantamentos, o senador Romário (Podemos) aparece na liderança. No próximo dia 17, ele promete lançar a sua pré-candidatura para servir de palanque presidencial ao senador Álvaro Dias. No entanto, o mundo político fluminense aposta que, assim como em 2014 e 2016, Romário recuará na reta final e negociará seu apoio a outro nome.
A segunda posição em pesquisas está embolada. Puxa a fila Bernardinho (Novo), que só decidirá seu futuro em abril, quando a Superliga feminina de vôlei terminar. Embora esteja fazendo encontros políticos periódicos — no carnaval, por exemplo, ouviu de um tucano a importância deter tem pode TV —, ele encara apressão familiar paranã ose candidatar. A propósito, outra“outsider” estimulada, ajuíza aposentada e ex-deputada Denise Frossard já sinalizou que não deseja entrar no páreo.
Abaixo dos dois dígitos nas sondagens, os ex-prefeitos Eduardo Paes (PMDB) e Cesar Maia (DEM) também estão em compasso de espera. Paes aguarda os próximos passos da Lava-Jato fluminense. Já Maia sabe que dificilmente será competitivo coma hérnia de disco que o impede de ficar mais de duas horas em pé. Seu filho, o presidente da Câmara Rodrigo Maia, é muito mais entusiasta do projeto.
Há incógnitas ainda nos projetos de Indio da Costa (PSD) e Anthony Garotinho. O ex-secretário de Urbanismo do Rio quer concorrer, mas o PRB do prefeito Marcelo Crivella, seu maior aliado, pode abandonar o barco caso vislumbre melhor opção. Há dúvidas sobre a capacidade de Indio para viabilizar alianças. Já Garotinho precisa arrumar um partido desde que deixou o PR em janeiro.
Restam ainda mais duas incertezas: quem será o candidato a governador do deputado Jair Bolsonaro (PSC)? E o PT levará adiante a candidatura do ex-ministro Celso Amorim e dividirá a esquerda, que terá também Tarcísio Motta (PSOL) no páreo?
Um dado chama a atenção nas pesquisas internas dos partidos: hoje cerca de 40% dos eleitores declaram querer votar em branco ou nulo. Quase 20% respondem que não sabem ainda o que fazer.
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