Presidente
decidiu se pronunciar em rede nacional sobre a gestão da pandemia
- Folha de S. Paulo
SÃO
PAULO - O
presidente Jair Bolsonaro foi alvo de panelaços em diversas capitais pelo
país durante
seu pronunciamento em rede nacional na TV na noite desta terça-feira
(23).
Ele
decidiu falar
publicamente a respeito do enfrentamento ao coronavírus em um momento
em que a pandemia se aproxima da marca de 300 mil mortes no país —em
apenas 24 horas, 3.158 mortes por Covid-19 foram
registradas. O
novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tomou posse nesta terça, em
substituição ao general Eduardo Pazuello.
Em
São Paulo, houve panelaço em bairros como Santa Cecília e Higienópolis (região
central), Perdizes (zona oeste), Saúde (zona sul) e Tatuapé (zona leste).
Em
Santana (zona norte), houve gritos de "assassino" e, no Ipiranga
(zona sul), de "genocida".
Houve também panelaço na Asa Norte, em Brasília, em Laranjeiras, no Rio, no Recife, em Curitiba, em Belo Horizonte, em Salvador e em Belém. Moradores também protestaram acendendo e apagando luzes em apartamentos.
No
estado de São Paulo, também houve registros em Osasco e em Ribeirão Preto.
O
presidente tem sido alvo desse tipo de
protesto, convocados por redes sociais, desde o início da crise
sanitária, há um ano. Neste ano, opositores de Bolsonaro também têm
promovido carreatas
pelo país para pedir o afastamento dele da Presidência.
Pesquisa do
Datafolha feita entre os dias 15 e 16 apontou uma alta na rejeição ao
trabalho de Bolsonaro na gestão da pandemia. Consideram o trabalho do
presidente ruim ou péssimo 54%
dos entrevistados, ante 22% que o classificam como bom ou ótimo.
Já avaliação do governo é considerada ruim ou péssima por 44% dos entrevistados. Mas outros 30% entendem que o presidente faz um trabalho ótimo ou bom. Para 24%, a avaliação é regular.
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