Blog do Noblat / Metrópoles
Ganha um fim de semana com tudo pago em
Cabul quem for capaz de antecipar suas falas no dia 7 de setembro
Nem dona Michelle que divide a cama com
ele, nem o general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria do Governo, capaz
de literalmente ajoelhar-se aos seus pés com as mãos atrás da nuca, fazem a
menor ideia do que o presidente Jair Bolsonaro dirá nas manifestações de 7 de
setembro em Brasília e em São Paulo.
Por conhecerem bem a peça, poderão supor
que o discurso em Brasília pela manhã será mais ameno do que o discurso que
Bolsonaro fará à tarde na Avenida Paulista, mas é só. Alguns auxiliares do
presidente o aconselham a não se deixar contaminar pelo ardor das multidões e
os dizeres dos cartazes e faixas.
Bolsonaro ouve, mas nada responde. Decidirá
na hora e levará em conta as circunstâncias. Põe fé no seu faro. Não quer
decepcionar seus devotos. Não pode dar-se ao luxo de perder votos porque a
moderação não combina com seu perfil. Cuidará apenas de não falar o que possa
acarretar-lhe novos processos.
Nos últimos dois dias, afirmou três vezes que seu destino poderá ser a prisão depois que deixar a presidência da República. Soa a medo? Medo pode ser de fato. Mas é uma forma de se martirizar e de clamar por mais apoio dos que o idolatram. Seu maior temor é que um dos seus filhos seja preso. Aí ele perderá a cabeça.
Sorte de André Mendonça no Senado depende
do que está por vir
Se Bolsonaro radicalizar e forem
gigantescas as manifestações do dia 7 de setembro, pior para o seu indicado a
ministro do STF
Senadores reconhecidos por acertar o placar
de votações polêmicas asseguram sob a condição de não terem seus nomes
revelados que o Senado, hoje, está rachado ao meio quanto à aprovação do nome
de André Mendonça para ministro do Supremo Tribunal Federal. São 81 senadores.
O presidente só vota em caso de empate.
Decisivo para selar a sorte de Mendonça
será o que acontecer no dia 7 de setembro. Se as manifestações forem
gigantescas e o radicalismo marcar as falas de Bolsonaro, pior para Mendonça
que poderá ser rejeitado. Se forem apenas grandes e Bolsonaro controlar-se,
isso não garantirá necessariamente a aprovação.
Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do
Senado, quer liquidar a fatura depois do dia 7. Davi Alcolumbre (DEM-AP),
presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, continua sem
pressa. Ele põe na conta de Bolsonaro o apagão de luz que deixou seu Estado às
escuras às vésperas das eleições municipais de 2020.
Um irmão de Alcolumbre estava com a eleição
praticamente ganha para prefeito de Macapá, e perdeu. Não faltou só luz, mas
dinheiro prometido pelo governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário