DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Da Agência Folha, em Porto Alegre
O Fórum Social Mundial terminou ontem em Porto Alegre sem um documento final nem a tradicional marcha de encerramento.
A passeata pelas ruas da cidade não saiu porque as discussões promovidas por sindicatos e movimentos sociais, pela manhã, na Usina do Gasômetro, estouraram o tempo. Entre 12h e 13h, sob o sol forte, a multidão reunida se dispersou aos poucos.
Por causa da diversidade das correntes que formam o encontro, os militantes preferiram não reunir o debate em um documento final.
A falta dessas manifestações é o símbolo desta edição do fórum, que nasceu em Porto Alegre há 10 anos e este ano foi realizado em seis cidades do Rio Grande do Sul. Foram 27 mil participantes inscritos.
Para o sociólogo Emir Sader, o protagonismo de organizações não governamentais dificulta a articulação das experiências de governos de esquerda da América Latina e dos movimentos sociais contrários ao capitalismo.
Movimentos sociais e centrais sindicais, porém, conseguiram editar um documento final próprio, com um calendário de mobilizações.
Membro da comissão internacional do fórum, a antropóloga Moema Miranda contesta o esvaziamento do encontro. Segundo ela, o caráter de "encontro e reconhecimento da diversidade" dá força ao encontro atualmente porque "o neoliberalismo não tem hoje uma grande bandeira a oferecer".
(Graciliano Rocha)
Da Agência Folha, em Porto Alegre
O Fórum Social Mundial terminou ontem em Porto Alegre sem um documento final nem a tradicional marcha de encerramento.
A passeata pelas ruas da cidade não saiu porque as discussões promovidas por sindicatos e movimentos sociais, pela manhã, na Usina do Gasômetro, estouraram o tempo. Entre 12h e 13h, sob o sol forte, a multidão reunida se dispersou aos poucos.
Por causa da diversidade das correntes que formam o encontro, os militantes preferiram não reunir o debate em um documento final.
A falta dessas manifestações é o símbolo desta edição do fórum, que nasceu em Porto Alegre há 10 anos e este ano foi realizado em seis cidades do Rio Grande do Sul. Foram 27 mil participantes inscritos.
Para o sociólogo Emir Sader, o protagonismo de organizações não governamentais dificulta a articulação das experiências de governos de esquerda da América Latina e dos movimentos sociais contrários ao capitalismo.
Movimentos sociais e centrais sindicais, porém, conseguiram editar um documento final próprio, com um calendário de mobilizações.
Membro da comissão internacional do fórum, a antropóloga Moema Miranda contesta o esvaziamento do encontro. Segundo ela, o caráter de "encontro e reconhecimento da diversidade" dá força ao encontro atualmente porque "o neoliberalismo não tem hoje uma grande bandeira a oferecer".
(Graciliano Rocha)
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