A escolha dos finalistas na eleição para prefeito de São Paulo tende a ser no olho mecânico. Mais de 60% dos paulistanos já dizem ter definido o voto, mas três dos 12 candidatos ainda aparecem com chance de ir ao segundo turno.
Realizada nos dias 3 e 4 deste mês, a pesquisa divulgada hoje pelo Datafolha indica que Celso Russomanno (PRB) está com 35% (tinha 31% na semana passada). Em seguida, em empate técnico, estão José Serra (PSDB), com 21%, e Fernando Haddad (PT), com 16%.
Enquanto Russomanno segue sempre crescendo, Serra cai ou oscila negativamente na margem de erro desde junho. Já Haddad iniciou lenta, porém sólida, trajetória ascendente.
O quadro atual dos três primeiros colocados guarda semelhanças com o cenário paulistano de quatro anos atrás. Em 4 de setembro de 2008, o Datafolha apurou que Marta Suplicy (PT) tinha 40%.
Em seguida apareciam Geraldo Alckmin (PSDB), com 22%, e Gilberto Kassab (então no DEM), com 18%.
Como se sabe, Marta e Kassab foram para o segundo turno, em 2008. Kassab acabou vencendo.
É impossível prever como será o desfecho da disputa deste ano. Mas chama a atenção o avanço de Russomanno e a consolidação de seu voto. Ele tem 25% na pesquisa espontânea, quando o eleitor fala o nome de seu preferido sem olhar para uma cartela com a lista completa de candidatos. Nessa categoria, Serra tem 13%. Haddad, só 11%.
Nas últimas semanas, as curvas de intenção de voto de cada um dos três primeiros colocados desenham duas "bocas de jacaré". Uma delas está fechando: entre Serra e Haddad. Outra está abrindo -a distância de Russomanno para os demais.
A campanha tende a entrar agora numa espécie de marasmo. A propaganda política na TV já teve seu impacto. Só quando faltarem por volta de dez dias é que haverá novas mudanças. Até lá, tudo ficará indefinido.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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