SALVADOR - Atrás na pesquisa do Ibope realizada entre os dias 17 e 19, com
39% das intenções de voto, ante 47% de Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM) na
disputa pela prefeitura de Salvador, o petista Nelson Pelegrino usará o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva hoje numa carreata e num ato público
para reverter a situação. É a segunda visita de Lula à capital baiana na
campanha. A primeira ocorreu no 1.º turno e, na semana passada, a presidente
Dilma Rousseff também compareceu.
A campanha tem se pautado em dois eixos: nas acusações de um candidato
contra o outro e na exibição de apoios na área federal. Pelegrino, que inundou
a cidade com fotografias dele com Lula, Dilma e o governador Jaques Wagner
(PT), diz ser o deputado federal que mais dinheiro de emendas parlamentares
trouxe para a capital baiana e que tem o apoio em Brasília de 332 federais, 50
senadores e 16 ministros. Tudo para dizer que é preciso estar alinhado com o
governo federal para governar Salvador.
ACM Neto respondeu imediatamente quando viu os números exibidos por
Pelegrino. Recorreu à aliança que fechou com o PMDB, comandado na Bahia pelos
irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima: 6 ministros, 79 deputados, 18 senadores e o
vice-presidente da República, Michel Temer. Diante disso, assegura ACM Neto,
não faltará apoio para correr atrás de verbas federais.
Apesar de liderar pesquisas, ACM Neto perde em apoiadores. Só conseguiu
levar para a TV o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Já Pelegrino exibe o discurso
de Dilma em Salvador, na sexta-feira, com ênfase em provocações ao adversário.
Num dado momento, Dilma afirma: "Aqui não pode ter um governinho, não pode
ter um governo pequenininho. Aqui temos de ter um grande governo",
referindo-se ao fato de ACM Neto ter em torno de 1,65 metro.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário