Paulo Roberto Costa teria ajudado no contato com empreiteiras
O Globo
BRASÍLIA - Uma tabela apreendida pela Polícia Federal na casa do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa revela que ele teria intermediado o contato de grandes empreiteiras e uma empresa de serviços com políticos. O documento foi revelado na noite desta sexta-feira pelo “Jornal das Dez”, da GloboNews. A tabela é dividida em três colunas, onde constam as empresas, executivos dessas companhias e a "solução" - que segundo a PF indicariam possíveis pagamentos a candidatos e financiamento de campanhas.
As empreiteiras citadas no documento são Mendes Júnior, UTC, Constran, Engevix, Iesa, Toyo Setal e Andrade Gutierrez. A lista de "soluções" apresentadas na tabela de Paulo Roberto está sempre relacionada a campanhas. Ao lado da empresa Mendes Júnior, consta como solução: "Está disposto a colaborar. Iria falar com executivos para saber se já ajudaram em algo". Na linha da "UTC/Costran", a anotação é: "Já está colaborando, mas vai intensificar mais para campanha a pedido de PR".
Segundo a Polícia Federal, “PR” seria uma referência ao próprio Paulo Roberto Costa.
A anotação sobre a Engevix diz que a empresa teria inclusive tido contato com o político: "Já teve conversa com candidato. Vai colaborar a pedido PR". No caso da Iesa, a anotação afirma que a empresa ainda não estaria colaborando por estar em processo de venda, mas viria a ajudar o esquema: "empresa passando por processo de venda, mas vai colaborar a partir de julho".
Única empresa sem ligação com a área de engenharia, a Hope RH é citada como se viesse colaborando, mas seus executivos teriam pedido para saber se o candidato tinha conhecimento: "Já vem ajudando. Pediu para certificar se candidato está ciente. Vai ajudar mais a pedido de PR", diz a anotação.
A Toyo Setal, por sua vez, também não teria iniciado sua colaboração com o grupo. De acordo com a anotação, empresa "Começa a ajudar a partir de março". A Andrade Gutierrez é a única empresa em que o campo de "solução" ficou em branco. Todas as empresas negaram à GloboNews qualquer irregularidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário