• Presidenciável do PSB disse ainda que campanha nacional está acima de dificuldade de união com a Rede nos estados
- O Globo
SÃO PAULO - O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, minimizou nesta terça-feira a dificuldade que está enfrentando para se beneficiar da popularidade da vice de sua chapa, Marina Silva. O presidenciável disse que os votos não estão guardados em uma caixa.
- Muitas vezes falam de transferência de voto como se as pessoas tivessem em casa uma caixa cheia de voto em casa. Isso é uma coisa que diziam que existia na República Velha - afirmou Campos, após participar de palestra na Câmara Americana do Comércio (Ancham), pela manhã.
Para o pré-candidato do PSB, que caiu quatro pontos na pesquisa Datafolha divulgada na semana passada e tem apenas 7% das preferências, a preocupação da sua aliança com Marina não é a transferência de voto. A ex-senadora teve 20% dos votos válidos no primeiro turno da eleição presidencial de 2010.
- Não se trata de transferência de voto, se trata de sabermos, eu e a Marina, como vamos representar um pensamento renovador da vida brasileira. Isso precisa de comunicação das ideias - argumentou o presidenciável.
A mudança do quadro atual só vai acontecer, na avaliação de Campos, quando as emissoras de TV aberta começarem a cobrir os candidatos e tiver início o horário eleitoral.
- Há tempo do plantio e tempo da colheita. A colheita vai vir nas urnas - declarou ele.
O presidenciável negou que o PSB tenha encomendado uma pesquisa para reavaliar o peso que Marina tem para a aliança.
- Não contratamos nenhuma pesquisa. Não é fato isso. Se tivesse contratado falaria e mostraria a pesquisa - disse.
Campos ainda considera que o posicionamento da sua vice contra o apoio do PSB à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo não foge do script:
- Ela não disse nada de novo. Sempre pensou assim.
De acordo com o presidenciável, as dificuldades de união entre o PSB e a Rede nas eleições estaduais não são uma ameaça à candidatura presidencial:
- Se em algum estado (não houve entendimento), essa é uma questão meramente estadual. Não tem nada haver com aliança nacional, que é muito maior do que qualquer episódio em qualquer estado por mais importante que o estado seja.
Campos diz que os dois partidos estarão unidos em 15 das 27 unidades da federação.
Aliança reafirmada
Na tarde desta terça-feira, Marina Silva e Eduardo Campos usaram as suas contas no Instagram para reafirmar a aliança entre eles na disputa presidencial. A primeira a postar foi Marina. Ela publicou uma foto em que parece junto com Campos e a frase: "A aliança nacional com o PSB está mantida. A chapa e o programa de governo estão compatíveis com o que eu e Eduardo Campos temos discutido desde outubro. Trabalhamos agora para manejar as alianças nos estados em fortalecimento da aliança nacional, para que esta possa quebrar a polarização entre o PT e o PSDB."
Cerca de uma hora depois, Campos postou a mesma foto com a mesma frase sob o título: "mantida a aliança com @_marinasilva_ (nome de Marina no Instagram)."
O presidenciável e sua vice participam na tarde desta terça-feira de uma reunião fechada com o Movimento Todos pela Educação, em São Paulo.
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