Operação Lava-Jato
- Zero Hora (RS)
Após o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa decidir fazer delação premiada, a candidata à reeleição Dilma Rousseff disse ontem que "não se pode confundir as pessoas com as instituições" e que a estatal está acima de eventuais desvios de conduta cometidos por seus integrantes.
A Polícia Federal (PF) deflagrou na semana passada a quinta fase da operação Lava-Jato, vasculhando endereços de 13 empresas de consultoria, gestão e assessoria, ligadas a uma filha, a um genro e a um amigo do ex-diretor da Petrobras. A Procuradoria da República apontou "vertiginoso acréscimo patrimonial" dessas empresas na época em que Costa foi diretor da Petrobrás. A LavaJato investiga a existência de um suposto esquema de lavagem de bilhões de reais.
– O Brasil e nós todos temos de aprender que se pessoas cometeram erros, malfeitos, crimes, atos de corrupção, isso não significa que as instituições tenham feito isso. Inclusive, nas instituições, qualquer uma, e nas empresas, inclusive nas que vocês trabalham, pode ocorrer isso – disse a petista.
Sem comentário para atitude de ex-diretor
Dilma, porém, não quis comentar a proposta de delação premiada negociada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
– A Petrobras está acima disso e eu não tenho que comentar sobre a decisão de uma pessoa presa fazer ou não delação premiada. Isso não é objeto de interesse da presidente da República – afirmou.
Na sexta-feira, delegados da PF envolvidos na investigação descartaram qualquer acordo de delação premiada, por ora.
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