• Moreira Franco disse que político foi o último a falar em nome da nação sem ser contestado por seus pares
Cristiane Jungblut, Leticia Fernandes - O Globo
-BRASÍLIA- A Câmara realizou uma sessão em homenagem a Ulysses Guimarães ontem, quando ele completaria 100 anos. Parlamentares do PMDB histórico, o chamado MDB na época de Ulysses, participaram do tributo, como o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que presidiu parte da sessão; e até o presidente nacional do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson, autor das denúncias do Mensalão. Também participaram o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secretário executivo do Programa de Parceria de Investimentos, Moreira Franco, atual presidente da Fundação Ulysses Guimarães.
Nos discursos, todos ressaltaram a importância de Ulysses na condução do processo que levou à redemocratização do país do mesmo plenário que o homenageou ontem. A sessão foi aberta pelo presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e depois comandada por peemedebistas históricos, como Jarbas Vasconcelos e o deputado José Fogaça (PMDB-RS). Moreira Franco foi o primeiro a discursar.
— Não estamos apenas homenageando um político, que marcou a história, que mudou o país, estamos homenageando o último político brasileiro que teve a autoridade moral, as condições morais, de dizer, dessa tribuna (da Câmara), que estava falando em nome da nação. Foi o último, e não era contestado por seus pares. De fato, doutor Ulysses falava em nome da nação. É um legado de quem acredita na democracia — disse Moreira Franco.
Integrante do PMDB histórico e ex-presidente da Fundação Ulysses Guimarães, o ministro Padilha disse ainda que fazer política atualmente requer coragem. Ele não discursou:
— Ulysses é uma referência especial. Há palavras que o definem bem: político tem que ter coragem. Hoje, quem faz política no Brasil tem que ter coragem para enfrentar o desafio que aí está.
Pelo PT, a homenagem foi feita pela deputada Erika Kokay (DF). Ela destacou o espírito democrático de Ulysses. Líder do PSDB, o deputado Antônio Imbassahy (BA) citou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff como um exemplo de que o Brasil tem uma democracia sólida.
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