Um
deputado chinfrim e antidemocrático por 30 anos não vira estadista
Ruim
com o PT? Para cada vez mais gente, pior com um lunático, genocida e sua trupe
de incompetentes. Em dois anos, Jair Bolsonaro é odiado por gente de todo o
espectro político, inclusive ex-apoiadores, e pavimentou o surgimento do
antibolsonarismo.
O
movimento "qualquer um menos Bolsonaro" tem nele o melhor garoto propaganda,
que nos lembra todos os dias que a reforma mais importante para o país é a do
ocupante do seu cargo.
Eleito à custa do antipetismo, Jair provou o que se sabia sobre ele: deputado chinfrim e antidemocrático por 30 anos, não se transformaria num estadista. Ódio pode mover eleitores, mas não é combustível para governar um país, só para destruí-lo.
Com
o desastre na condução da pandemia somado a todos os outros pesadelos de sua administração,
Bolsonaro não terá outra alternativa a não ser repetir a fórmula de 2018, a
única que conhece: fiar a eleição no antiesquerdismo. Resta saber se o
antibolsonarismo não será maior até lá. Aposto que já é.
Mas
falta um nome para unificar o horror a Bolsonaro. Teremos? Fala-se que o
presidente tem em Lula o adversário dos sonhos para 2022. É possível, ainda que
a bandeira contra a corrupção tenha enfraquecido, Jair pode praticar sua
especialidade: aos gritos, usar a ameaça aos "valores da família" e a
do fantasma comunista. Funciona com a audiência amestrada que acredita tanto em
cloroquina quanto em chip chinês implantado.
Mas
2022 não é 2018. A rejeição a Bolsonaro só aumenta, enquanto o antipetismo
esmorece diante de um sentimento de repulsa ainda maior. E Lula não é Dilma ou
Haddad. Apesar de Mensalão, Petrolão e toda sorte de maus feitos, Lula
representa um período de mudanças sociais significativas no Brasil e, na
memória afetiva de petistas e de não-petistas, uma época próspera e feliz. Se candidato,
Lula será maior do que o antipetismo para fazer vingar o antibolsonarismo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário