- O Globo
O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia se
ofereceu para colaborar com o programa de governo e nas articulações da
campanha de Luis Inácio Lula da Silva para a presidência da República em
2022.
Os dois tiveram uma conversa fechada no
Palácio da Cidade, sede da Prefeitura do Rio de Janeiro, na última sexta-feira
(11), da qual também participaram o prefeito, Eduardo Paes (PSD), e a
presidente do PT Gleisi Hoffman.
Maia foi expulso ontem do DEM após desentendimentos públicos com o presidente do partido, ACM Neto. Ele deve se filiar ao PSD que já abrigou Paes. Por ter sido expulso, o deputado federal não perde o mandato.
Na conversa de 20 minutos com Lula, Maia
disse que poderia ajudar a fazer a interlocução de sua campanha com políticos e
setores da sociedade que hoje rejeitam o PT, em razão do histórico de
escândalos e problemas econômicos dos últimos anos de governo do partido. Também
se ofereceu para organizar debates e discutir soluções para a crise provocada
pela pandemia da Covid-19.
Aliados dizem que o ex-presidente considera
o apoio estratégico para trazer o apoio de eleitores de centro, e vai trabalhar
para incorporar Maia ao time. Especula-se, no entorno de Lula, que Maia
deseje uma vaga de vice na chapa petista.
Por enquanto, porém, não há discussões a
respeito, uma vez que o presidente do PSD, Gilberto Kassab, defende
publicamente a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para o
Palácio do Planalto.
Lula, por sua vez, procura um empresário
para compor a chapa. Seu preferido é Josué Alencar, dono da Coteminas e filho do
ex-vice de Lula, José Alencar, morto em 2011.
Depois da conversa a portas fechadas, Maia
se juntou a secretários de Paes para participar do almoço que o prefeito do Rio ofereceu a Lula e sua comitiva. Não
houve registro fotográfico e nem declarações públicas dos dois a respeito do
encontro. Procurado, Maia também não comentou a conversa com Lula.
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