- Blog do Noblat / Metrópoles
Quanto mais rápido a justiça decidir, mais
vidas poderão ser poupadas
Se há lei aprovada pelo Congresso que
obriga o uso de máscara contra a Covid-19 em
locais públicos e privados com ampla circulação de pessoas; se nos Estados e na
maioria dos municípios decretos de governadores e de prefeitos igualmente
obrigam; por que o presidente da República desfila por aí sem máscara?
Essa questão deverá ser resolvida pelo Supremo Tribunal Federal, uma vez provocado por ação de autoria do PSDB. A ação caiu nas mãos do ministro Edson Fachin, que a liberou para ser julgada pelo plenário do tribunal formado por 11 ministros. Vai depender de Luiz Fux, presidente do tribunal, apressar ou não a votação.
A princípio, a ação poderá ser julgada a
qualquer momento, ou ficar para depois das férias de julho do Judiciário. Mas
por que férias em meio a uma pandemia onde as coisas podem ser julgadas, e
estão sendo, por meio do voto à distância? Fux não tem a menor afinidade
com Bolsonaro e
a recíproca é verdadeira.
A imunização em
massa avança no país com a compra de vacinas, mas a uma velocidade muito menor
do que seria necessário. Enquanto o “tal do Queiroga”, apelido dado ao ministro da Saúde
Marcelo Queiroga por Bolsonaro, manda as pessoas usarem máscara e se vacinar, o
presidente faz justamente o contrário.
Vale-se de documento falso para sugerir que o número de mortos
pelo vírus é menor do que o registrado; provoca aglomerações deliberadamente;
diz que a eficácia das vacinas ainda não foi totalmente comprovada; dispensa a
máscara e apregoa o tratamento precoce com drogas que deixam sequelas.
Faz tudo isso sem que nada lhe aconteça –
salvo uma multa que lhe aplicaram no Maranhão e outra em São Paulo. Convenhamos: é um comportamento criminoso que já
custou muitas vidas e que continuará a custar, a não ser que um poder maior se
levante e diga: Basta! E se ele desobedecer à ordem, que diga: Chega! Fora!
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