Breno Costa
BRASÍLIA - Em um relatório elaborado pelo Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) e apresentado aos órgãos de controle do governo, em março de 2011, o órgão se queixa de influência política sobre a própria instituição.
O documento do Dnocs é o chamado "relatório de gestão", que todo órgão público precisa apresentar para o TCU (Tribunal de Contas da União) e para a CGU (Controladoria-Geral da União). Referente a 2010, o relatório diz que "(...) as constantes mudanças nas diretrizes políticas resultam em pouca continuidade de ações e, muitas vezes, dependem de acordos e interesses".
O departamento, responsável por obras que contribuam para reduzir efeitos da seca, passa por disputa de poder entre PMDB, PSB e PT.
Elias Fernandes Neto, na direção desde 2007 e indicado pelo líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, foi demitido anteontem.
As coordenadorias estaduais do Dnocs são loteadas entre partidos, e mesmo entre parentes. Como a Folha revelou, Alves pôs um sobrinho na coordenadoria do Rio Grande do Norte, enquanto o ministro da Integração, Fernando Bezerra, deixou o sogro do filho em Pernambuco.
O Ministério da Integração disse que não se pronunciaria. O Dnocs afirmou que a produção do relatório passa por várias etapas e segue para assinatura do diretor-geral do departamento.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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