terça-feira, 28 de janeiro de 2014

‘Pessoas condenadas por corrupção devem ficar no ostracismo’, reage Barbosa

Ministro comentou críticas do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) à decisão de sair de férias sem expedir ordem de prisão

Vivian Oswald

LONDRES - Sem confirmar se assinaria ou não já na semana que vem o mandado de prisão do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, reagiu nesta segunda-feira às críticas do deputado, condenado por envolvimento no mensalão, à atuação dele no caso.

Em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, João Paulo criticou Barbosa por ter saído de férias, sem expedir o seu mandado de prisão. Disse que Barbosa fez "pirotecnia para ter mais dois minutos de repercussão". O parlamentar foi condenado a 9 anos e quatro meses, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato.

Segundo Barbosa, pessoas condenadas por corrupção têm ficar no ostracismo e não deveriam ter espaço na imprensa.

— Pessoas condenadas por corrupção devem ficar no ostracismo. Faz parte da pena. Acho que a imprensa brasileira presta um grande desserviço ao país ao abrir suas páginas nobres a pessoas condenadas por corrupção — disse o presidente do STF, ainda na estação de trem, ao desembarcar em Londres, onde permanece até quinta-feira.

Barbosa ainda disse que não entraria em discussão com um réu julgado pelo Supremo.

— Esse senhor foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal, pelos 11 ministros do STF. Não tenho costume de dialogar com réu. Não falo com réu — destacou Barbosa, que ainda completou:

— Não faz parte dos meus hábitos, nem dos meus métodos de trabalho ficar de conversinha com réu.

Fonte: O Globo.

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