Por Robson Sales - Valor Econômico
RIO - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,54% em setembro, após alta de 0,22% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro do ano passado, a inflação tinha sido de 0,57%.
Com o resultado, o índice oficial de inflação do país acumulou alta de 7,64% no ano, a maior para o período desde 2003, quando houve avanço de 8,05%. Em 12 meses, a alta foi de 9,49%, menor do que aquela verificada nos 12 meses até agosto, de 9,53%.
O IPCA de setembro ficou ligeiramente acima da média estimada por 18 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data, de aumento de 0,53%. O intervalo das estimativas foi de 0,49% a 0,57%.
Gás de cozinha
Importante na despesa das famílias, o botijão de gás, com peso de 1,07% nos cálculos do IPCA, liderou o ranking das principais contribuições com 0,14 ponto percentual, ou 26% do IPCA de setembro, apontou o IBGE. O gás liquefeito de petróleo para uso residencial ficou 12,98% mais caro nos pontos de distribuição ao consumidor, percentual inferior ao reajuste de 15% autorizado pela Petrobras nas refinarias, com vigência em 1º de setembro.
"Enquanto em algumas regiões pesquisadas o preço do produto aumentou bem menos do que o reajuste concedido, a exemplo do Rio de Janeiro, que ficou em 9,49%, em outras o preço superou em muito o reajuste. É o caso de Vitória, onde atingiu 20,08%, Goiânia, 19,68%, e Brasília, 19,23%. O preço do gás acumula 17,56% neste ano, indo dos 9,03% de Campo Grande até os 23,91% de Curitiba", destacou o organismo em nota.
Com a alta do gás, Habitação registrou o incremento mais expressivo em setembro entre os grupos avaliados, de 1,30%. Nessa classe de despesa, também foi destaque o aumento de 1,48% na taxa de água e esgoto.
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