• ‘É o primeiro golpe parcelado da História’, ironiza Jucá, que defende julgamento entre os dias 26 e 31
- O Globo
-BRASÍLIA- O PMDB, partido do presidente interino, Michel Temer, tentará antecipar o calendário do julgamento do impeachment de Dilma Rousseff, definido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. O ministro já acertou com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que a votação no plenário da Casa terá início dia 29 de agosto e terminará em 2 de setembro.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) se insurgiu ontem contra a decisão de Lewandowski. Disse que a data não foi combinada com os senadores e que a decisão não cabe ao STF. Jucá defende que o julgamento vá de 26 a 31 de agosto.
— Não vou aceitar isso, vou fazer confusão! Lewandowski combinou isso com quem? Ele não é senador. A decisão não é dele, é dos senadores. Temos uma reunião com ele quarta-feira, e espero que os líderes tenham coragem de dizer isso a ele, como estou dizendo. Este é o primeiro golpe parcelado da História, é o golpe Casas Bahia, a cada mês uma parcela de golpe — ironizou Jucá.
O dia 29 cai numa segunda-feira. Com isso, os senadores iniciariam e terminariam o julgamento na mesma semana, em vez de avançar até domingo.
Na comissão de impeachment deve ser votado quinta o segundo parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB). A expectativa é que diga que há provas para cassação definitiva. Os petistas Lindergh Farias e Gleisi Hoffmann e a peemedebista Kátia Abreu apresentarão juntos voto em separado. Vanessa Grazziotin (PCdoB) apresentará outro, ambos pela absolvição.
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