• Presidente diz que ‘não há previsão para essa espécie de aliança’
Gabriela Valente - O Globo
O presidente Michel Temer negou ontem que o seu partido, o PMDB, tenha fechado acordo com os tucanos para a campanha eleitoral de 2018. Segundo ele, um arranjo como esse só poderia ser feito no fim do ano que vem. Durante a viagem oficial à Índia, ele comentou ainda a possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar a chapa encabeçada pela presidente Dilma Rousseff. Disse que cumprirá qualquer decisão, mas fez questão de ressaltar que esse processo vai durar bastante.
Há dois dias, o ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça, determinou a quebra de sigilo de três gráficas usadas na campanha presidencial. Durante rápida entrevista coletiva, o presidente foi questionado se isso poderia afetar a estabilidade do novo governo:
— Evidentemente, levando essa pergunta às últimas consequências, se um dia o Judiciário decidir, depois de todos os recursos, que a chapa deve ser afastada, você sabe que evidentemente nós vamos cumprir essa decisão — garantiu o presidente, que também advertiu: — Agora, eu penso que é muito caminho para percorrer, muito argumento de natureza jurídica que será utilizado. Isso ainda vai, penso eu, ter um longo caminho de natureza processual.
Temer respondeu também à pergunta sobre possível aliança entre peemedebistas e tucanos para as eleições presidenciais:
— Não há nada disso. Temos uma base de mais de 20 partidos e é natural que haja, muitas vezes, uma ou outra afirmação, mas ela é extremamente prematura porque essas coisas só vão ser cogitáveis a partir do final do ano que vem. Não há nenhuma previsão para essa espécie de aliança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário