Coluna do Estadão / O Estado de S. Paulo.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai desembolsar R$ 150,2 mil para enviar 13 servidores à Espanha para participar, durante uma semana, de evento cujo tema é a “reforma do Estado e da administração pública”. Vinculado ao Ministério da Saúde, o órgão regulador tem como responsabilidade promover a saúde da população. A Anvisa diz que a participação de seus funcionários num seminário que tem como foco “a reforma do Estado” é “bastante estratégica”, porque ele vai “abordar a modernização da administração pública”.
» Roteiro. O evento é promovido pelo Centro Latino-Americano de Administração para o Desenvolvimento, com sede em Caracas, na Venezuela, e ocorre de 14 a 17 de novembro. Os servidores da Anvisa chegam dia 12 e voltam ao Brasil dia 18 de novembro.
» Com a palavra. A Anvisa informa que se programou com antecedência, o que lhe garantiu “inscrições, estadia e passagens aéreas com valores bem mais em conta”. E que está enviando apenas 3,25% dos servidores da área de gestão.
» Coringa. O novo presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, é conselheiro do Metrô de São Paulo desde março de 2009. O órgão é subordinado ao governo de Geraldo Alckmin. Ele recebe R$ 6.177,00 para participar de uma única reunião por mês.
» Outro lado. A Lei das Estatais impede que ele renove o mandato no conselho do Metrô por ser dirigente partidário. Goldman diz que o período termina em 2018 e não será renovado.
» Manda embora. Alberto Goldman sofre pressão para dispensar a agência Ideia Big Data agora que assumiu a presidência do PSDB. A firma foi contratada por Tasso Jereissati sob o protesto da ala pró-Aécio.
» Puxão de orelha. O ministro Eliseu Padilha, Casa Civil, deixou claro para o líder do PP, Arthur Lira, que não gostou nada de ele cobrar publicamente a troca nos ministérios. Lira já disse que o governo “ou faz agora a reforma ou está morto”.
» Tenha dó. A bronca foi porque o PP tem dois ministérios: Saúde e Agricultura.
» Energia. A Eletronuclear quer a ajuda do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para renegociar o contrato de empréstimo de R$ 2,6 bilhões que fez no BNDES para construir Angra 3.
» Pindaíba. A empresa alega que não tem condições financeiras de pagar R$ 30 milhões mensais ao banco.
» Contaminação. Ainda sem gerar energia, Angra 3 contamina todas as finanças da Eletronuclear. A direção da empresa considera a situação insustentável. Maia prometeu ajudar. » Derrotado. Líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) perdeu a queda de braço sobre o envio de uma medida provisória para complementar a Reforma Trabalhista. Temer cedeu à Câmara, que defendeu o envio de um projeto de lei.
» Blindagem. O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) é o mais cotado para assumir a relatoria do projeto de lei. Relator da Reforma Trabalhista, Marinho é visto pelo governo como a garantia de que nenhuma emenda será incluída para retroagir na nova lei.
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