Coluna do Estadão
O presidente Michel Temer procurou interlocutores no PSDB para criticar a pretensão do governador Geraldo Alckmin de apoiar seu vice, Márcio França, do PSB, para o Palácio dos Bandeirantes. Numa conversa com um importante tucano que defende candidatura própria do partido, Temer disse que a atitude de Alckmin não condiz com quem precisa do apoio do MDB para disputar o Planalto. O partido do presidente lançou Paulo Skaf ao governo paulista e tem no tucano João Doria uma segunda opção caso o empresário não decole nas pesquisas.
Veto. O presidente do PPS, Roberto Freire, descarta a candidatura de Cristovam Buarque (DF) à presidência pelo partido. “Vamos insistir em um candidato que não pontua? O processo eleitoral não é banca acadêmica”, diz, sobre o ex-reitor da UNB.
Tá ocupada. As opções do PPS são Luciano Huck, que estuda ingressar na sigla, e Geraldo Alckmin, nessa ordem. Cristovam, diz Freire, seria um ótimo candidato ao governo do DF.
Me erra! Michel Temer está irritado com a insistência do diretor da Polícia Federal, Fernando Segovia, para que apoie projeto que institui mandato de três anos para o cargo. O governo acha que, se fizer isso, perde o controle da PF.
Vem tiro. Segovia ganhou o apoio de associações de delegados para assumir a PF prometendo aprovar o projeto. Passado o carnaval, a conta será cobrada.
Em família. A mulher e a filha do ministro do Supremo Marco Aurélio Mello recebem auxílio-moradia de R$ 4.377,73 mensais cada uma. Letícia Mello, a filha, é desembargadora do TRF-2, no Rio. Sandra de Santis, a esposa, é desembargadora do TJ-DF.
O troco. O ministro já disse que vai votar pela extinção do benefício quando o assunto voltar à pauta do STF, “mesmo que dê briga em casa”. Ministros do STF não têm direito ao auxílio.
Eu fico! O prefeito de São Paulo, João Doria, descarta sair do PSDB caso não seja o candidato do partido ao governo paulista. Ele diz não acreditar que a sigla abrirá mão de lançar nome próprio na disputa.
Polêmica. O governo prevê economizar R$ 1,5 bilhão por ano com a digitalização de documentos públicos e o corte de gastos com aluguel de imóveis e manutenção dos prédios onde estão os papéis da União.
Panelaço. O projeto já passou no Senado e será votado na Câmara neste semestre. Historiadores e arquivistas são contra. Temem a destruição de documentos históricos.
Peraí. O deputado André Figueiredo quer dar prazo de dois anos para que, antes da destruição, haja um inventário e se identifique o que deve ficar em papel.
Prioridades. O combate às fake news e a implantação do voto impresso estão entre as principais preocupações do ministro Luiz Fux, que assume o TSE na terça-feira, 6. A impressão do voto atende à exigência estabelecida na reforma eleitoral de 2015.
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