DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - A campanha de Dilma Rousseff tem tudo demais, e a de José Serra parece ter tudo de menos, quando se trata de alianças, palanques, tempo de propaganda na TV e equipes de jornalismo, de agenda, de internet. Mas o resultado é que a campanha de Dilma também tem errado muito mais. Digamos que proporcionalmente mais: quanto mais gente e parafernália, maior a chance de erros.
Afora o ataque ao Mercosul, equivocado sob vários ângulos, Serra tem errado pouco. Já Dilma já tem uma bojuda coleção de "tropeços verbais, agenda errática, coordenação inchada e mau uso da estrutura de internet", como disse o jornalista Ricardo Kotscho, ex-assessor de Lula em campanhas e no governo. Logo, insuspeito.
Do "Dilmasia" na cara de Hélio Costa em Minas à fraude da foto de Norma Bengell, passando pelas agendas canceladas de última hora, o que se imagina é que estão batendo cabeça.
Como se um dissesse para Dilma usar rosa, o outro exigisse azul; um a empurrasse para o Ceará, o outro puxasse para Santa Catarina; um quisesse um site programático, o outro estimulasse a troca de figurinhas da militância.
Por enquanto, até pode. As candidaturas ainda não foram oficializadas e, afinal, a Copa do Mundo vem aí. A fase da campanha, portanto, é de aprendizagem e aquecimento. Mas não vai ser sempre assim.
Em campanhas muito polarizadas, em que se fala até em definição no primeiro turno, os candidatos e candidatas têm não apenas de acertar, firmar diferenças a seu favor e conquistar confiança mas principalmente não errar.
Dilma tem Lula e o vento a favor, mas a campanha tem de ajudar, não atrapalhar, e cabe a ela fazer o resto, ou o principal. Campanhas são cada vez mais sofisticadas e científicas, mas também cometem erros (como se vê) e não fazem milagre. Não tem santo nem pesquisa que substitua ou reinvente Sua Excelência, o(a) candidato(a).
BRASÍLIA - A campanha de Dilma Rousseff tem tudo demais, e a de José Serra parece ter tudo de menos, quando se trata de alianças, palanques, tempo de propaganda na TV e equipes de jornalismo, de agenda, de internet. Mas o resultado é que a campanha de Dilma também tem errado muito mais. Digamos que proporcionalmente mais: quanto mais gente e parafernália, maior a chance de erros.
Afora o ataque ao Mercosul, equivocado sob vários ângulos, Serra tem errado pouco. Já Dilma já tem uma bojuda coleção de "tropeços verbais, agenda errática, coordenação inchada e mau uso da estrutura de internet", como disse o jornalista Ricardo Kotscho, ex-assessor de Lula em campanhas e no governo. Logo, insuspeito.
Do "Dilmasia" na cara de Hélio Costa em Minas à fraude da foto de Norma Bengell, passando pelas agendas canceladas de última hora, o que se imagina é que estão batendo cabeça.
Como se um dissesse para Dilma usar rosa, o outro exigisse azul; um a empurrasse para o Ceará, o outro puxasse para Santa Catarina; um quisesse um site programático, o outro estimulasse a troca de figurinhas da militância.
Por enquanto, até pode. As candidaturas ainda não foram oficializadas e, afinal, a Copa do Mundo vem aí. A fase da campanha, portanto, é de aprendizagem e aquecimento. Mas não vai ser sempre assim.
Em campanhas muito polarizadas, em que se fala até em definição no primeiro turno, os candidatos e candidatas têm não apenas de acertar, firmar diferenças a seu favor e conquistar confiança mas principalmente não errar.
Dilma tem Lula e o vento a favor, mas a campanha tem de ajudar, não atrapalhar, e cabe a ela fazer o resto, ou o principal. Campanhas são cada vez mais sofisticadas e científicas, mas também cometem erros (como se vê) e não fazem milagre. Não tem santo nem pesquisa que substitua ou reinvente Sua Excelência, o(a) candidato(a).
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