Tucano concedeu entrevista nesta quarta-feira (1°) à Rádio CBN.
Do G1, em São Paulo
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso elogiou na manhã desta quarta-feira (1º), em entrevista para a Rádio CBN (ouça a íntegra), a combinação de esforços entre as polícias e as Forças Armadas na operação no Morro do Alemão, no Rio de Janeiro. “Houve um passo adiante”, disse. Entretanto, ele alertou que o tráfico pode se reorganizar e que é preciso traçar estratégias para diminuir o consumo. “É provável que vão expulsar essa gente para Bahia, Espírito Santo, sei lá para onde, para continuar traficando. Tem que baixar o consumo”, disse.
Para FHC, é fundamental diminuir a procura pelas drogas. Segundo ele, é preciso que as "classes média e alta", além de “todos que consomem”, ajudem no combate ao tráfico. “Isso (recuperação do território no Alemão) não vai por si mesmo resolver a diminuição do consumo”, disse, apontando a necessidade de campanhas e outras medidas de apoio aos dependentes. “Quando todo mundo fica contente pelo que aconteceu no Rio é porque o Estado está recuperando o monopólio da força naquela área. Precisa ver se vai recuperar em um conjunto maior”, questiona.
O ex-presidente citou como um bom exemplo de enfrentamento as medidas adotadas por Portugal, que conseguiu reduzir de "maneira mais notável" o consumo. “Descriminalizaram todas as drogas, o que não quer dizer legalizar”, afirmou.
Baseado em sua própria experiência no governo, FHC admitiu que é difícil fazer o controle da chegada de armas e drogas pelas fronteiras, mas disse que é preciso avançar na questão e atingir os verdadeiros chefes do tráfico. “Os heróis da bandidagem no Rio têm propriedade na favela. São pé de chinelo, são funcionários dos grandes importadores e exportadores“, disse.
WikiLeaks e Lula
O ex-presidente afirmou ainda que a divulgação de documentos pelo site WikiLeaks mostra que é muito difícil manter conversas que não se tornem públicas. Segundo ele, os vazamentos devem mudar a postura dos funcionários diplomáticos, que devem se tornar mais "reservados". “Não sei se isso vai causar um estrago maior”, disse.
FHC também comentou uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teria dito no Maranhão que FHC teria feito mais pelo país se as condições econômicas tivessem ajudado. “Ele voltou a pisar no real? Não no Real, na moeda, na realidade? É bom ser ex-presidente. Ele ainda não é ex-presidente e já está mais sensato”, afirmou.
Do G1, em São Paulo
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso elogiou na manhã desta quarta-feira (1º), em entrevista para a Rádio CBN (ouça a íntegra), a combinação de esforços entre as polícias e as Forças Armadas na operação no Morro do Alemão, no Rio de Janeiro. “Houve um passo adiante”, disse. Entretanto, ele alertou que o tráfico pode se reorganizar e que é preciso traçar estratégias para diminuir o consumo. “É provável que vão expulsar essa gente para Bahia, Espírito Santo, sei lá para onde, para continuar traficando. Tem que baixar o consumo”, disse.
Para FHC, é fundamental diminuir a procura pelas drogas. Segundo ele, é preciso que as "classes média e alta", além de “todos que consomem”, ajudem no combate ao tráfico. “Isso (recuperação do território no Alemão) não vai por si mesmo resolver a diminuição do consumo”, disse, apontando a necessidade de campanhas e outras medidas de apoio aos dependentes. “Quando todo mundo fica contente pelo que aconteceu no Rio é porque o Estado está recuperando o monopólio da força naquela área. Precisa ver se vai recuperar em um conjunto maior”, questiona.
O ex-presidente citou como um bom exemplo de enfrentamento as medidas adotadas por Portugal, que conseguiu reduzir de "maneira mais notável" o consumo. “Descriminalizaram todas as drogas, o que não quer dizer legalizar”, afirmou.
Baseado em sua própria experiência no governo, FHC admitiu que é difícil fazer o controle da chegada de armas e drogas pelas fronteiras, mas disse que é preciso avançar na questão e atingir os verdadeiros chefes do tráfico. “Os heróis da bandidagem no Rio têm propriedade na favela. São pé de chinelo, são funcionários dos grandes importadores e exportadores“, disse.
WikiLeaks e Lula
O ex-presidente afirmou ainda que a divulgação de documentos pelo site WikiLeaks mostra que é muito difícil manter conversas que não se tornem públicas. Segundo ele, os vazamentos devem mudar a postura dos funcionários diplomáticos, que devem se tornar mais "reservados". “Não sei se isso vai causar um estrago maior”, disse.
FHC também comentou uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teria dito no Maranhão que FHC teria feito mais pelo país se as condições econômicas tivessem ajudado. “Ele voltou a pisar no real? Não no Real, na moeda, na realidade? É bom ser ex-presidente. Ele ainda não é ex-presidente e já está mais sensato”, afirmou.
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