De acordo com sindicalistas, montadora se prepara para trazer carros da Argentina
Claudia Rolli
SÃO PAULO - Sindicalistas de São José dos Campos vão reafirmar hoje em reunião com executivos da GM (General Motors) a proposta para manter a produção do sedã Classic na região para evitar a demissão de 1.500 trabalhadores.
A intenção da empresa é fechar a unidade que produz carros em São José dos Campos, o que deve resultar no corte de 20% dos 7.500 funcionários do complexo industrial da cidade, segundo o sindicato, ligado à Conlutas.
Até junho eram produzidos 4.500 Classics por mês. Em julho, a produção passou para 3.000. "Agora será reduzida de 150 para 80 carros por dia, ou 1.600 por mês", diz o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros.
A GM encerrou no mês passado a produção do Corsa, da Zafira e da Meriva também feitos nessa mesma linha.
"No alto escalão da empresa circula a informação que o projeto da GM é fechar essa linha e importar o Classic da fábrica de Rosário, na Argentina. Eles dizem que a mão de obra lá é mais barata", diz o sindicalista, que afirma ter obtido a informação de que a empresa se prepara para importar o primeiro lote de 6.000 Classics neste mês. Em São Caetano, são fabricados outros 3.000 carros do mesmo modelo, segundo ele.
A Folha não conseguiu contato ontem com a GM. Na quarta, o diretor Luiz Moan afirmou que a montadora quer negociar alternativas para o excedente na fábrica. "O custo do trabalho em São José é o maior de todas as unidades. E há resistência do sindicato em negociar."
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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