• Comando da campanha de reeleição de Dilma Roussef acha que estratégia está dando certo para abalar a imagem de Marina Silva. Propaganda no rádio e TV também funciona
Edla Lula - Brasil Econômico
Para o comando da campanha de reeleição da presidenta Dilma Rousseff, a estratégia petista de "desconstrução" de Marina Silva (PSB) está funcionando, e o PT vai continuar investindo nela. Além disso, o bom aproveitamento da propaganda no horário gratuito de rádio e TV também vem ajudando. A avaliação na coordenação da campanha petista é de que a estratégia de desconstruir a imagem de Marina foi um fator importante para a melhoria de Dilma nas pesquisas, juntamente com a apresentação, no rádio e na TV, dos feitos do governo petista ao longo dos últimos 12 anos. Por isso, a campanha seguirá com um combinado de "mostrar o que o governo tem feito, mostrar as contradições da candidata de oposição e carimbar com emoção a propaganda gratuita", de acordo comum integrante da equipe de coordenação.
A recuperação do terreno eleitoral pela presidenta Dilma Rousseff, revelada por levantamentos internos do PT e confirmada esta semana pelos institutos de pesquisa MDA, Vox Populi e Datafolha (hoje será divulgada nova pesquisa do Ibope), deram à equipe a segurança de que está no bom caminho. "Nossos números mostram que a estratégia está dando certo". Até o momento, não chamuscou nas pesquisas a denúncia de corrupção na Petrobras envolvendo políticos ligados à base aliada. O entendimento é que somente com o desenrolar dos acontecimentos será possível avaliar o peso da delação premiada na opinião do eleitor, já que denuncias às vésperas de eleição são comuns em todo o mundo. "A matéria (da revista "Veja") em si é vazia. Não diz nada. O eleitor só se mobilizaria se visse dinheiro sendo trocado. Pelo que sabemos, nenhum dos citados foi flagrado numa situação como essa", comentou outro integrante da campanha.
Uma dessas fontes reconhece que o cenário não é confortável, mas diz que os dados de agora não apontam para uma mudança de rumo na estratégia de campanha. "Sabemos que não estamos em uma situação tranquila. Mas o cenário atual nos projeta para uma boa disputa. Achamos que vamos ganhar", aposta. Uma equipe técnica está encarregada de ler minuciosamente o programa de governo apresentado pela candidata socialista para pinçar temas que denotem as suas contradições. "Marina está no campo da desorganização política. Não oferece nada de novo. Fala em reforma política e o que oferece em relação à reforma política é a coisa mais atrasada", diz esse mesmo integrante do comitê, citando que a candidata é contra o financiamento público de campanha. "Ela é neoliberal na economia e conservadora na política. Nas questões civis é bastante confusa, como ficou demonstrado no episódio do programa para a comunidade LGBT", completa.
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