• ‘Se o Planalto prefere meu nome, não tenho o que fazer’, diz líder
Isabel Braga - O Globo
-BRASÍLIA- Irritado com a articulação do líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), para deflagrar o movimento para sucedê-lo — o que fragiliza sua posição política — o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu trabalhar para substitui-lo na liderança do PMDB. Em conversa na noite de quarta-feira, no Palácio do Jaburu, com o vice-presidente Michel Temer e outros peemedebistas, Cunha defendeu a escolha de um outro deputado para o lugar de Picciani.
— Se ele está disposto a discutir outro cargo, não quer ficar na liderança, está na hora de pensarmos em um substituto para a liderança do PMDB — disse Cunha, segundo um interlocutor.
Na Câmara, Cunha reagiu com ironia às articulações. Ao ser questionado sobre conversas tidas por Jorge Picciani, pai do líder, na véspera com a presidente Dilma Rousseff, o ministro Ricardo Berzoini (Governo) e o assessor especial Giles Azevedo, reveladas pelo GLOBO, Cunha disse que Picciani deve aguardar.
— Em 2017, ele que se candidate — alfinetou Cunha.
Picciani negou que esteja tratando da sucessão e diz que estão tentando intrigá-lo com Cunha, o que reafirmou pessoalmente ao próprio presidente:
— Se o Planalto prefere meu nome, não tenho o que fazer. É uma avaliação deles. Eu não trato desse tema, não há como discutir sucessão de cargo que não está vago. É uma tentativa de fazer intriga com Cunha. Alguns, por razões torpes tentam fazer isso em desfavor do presidente.
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