Mônica Ciarelli
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Apesar de Serra e Aécio aceitarem prévias, ex-presidente pede acordo
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu ontem um nome de consenso no PSDB para as eleições de 2010. Na véspera, dois potenciais candidatos tucanos, José Serra e Aécio Neves, concordaram com a realização de uma prévia interna para escolha do candidato ao Palácio do Planalto. Tradicionalmente, o nome do concorrente tucano às eleições é decidido em conversas de cúpula.
“Acho que pode haver um nome de consenso no partido. Tenho esperança de que haja uma convergência entre Aécio e Serra. Eles são os potenciais (candidatos) e acho difícil que apareça um terceiro”, disse Fernando Henrique, após participar de um prêmio concedido pela mineradora Vale em homenagem a sua mulher, Ruth Cardoso, que morreu em junho. “Vou trabalhar para que haja um nome de convergência, que para mim pode ser qualquer um dos dois.”
Fernando Henrique descartou a hipótese de ruptura de Aécio com o PSDB caso o partido opte por Serra, que já foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2006. “Não existe essa possibilidade. Isso é absolutamente fora de cogitação”, afirmou.
PMDB
Bem-humorado, o ex-presidente aproveitou o evento para ironizar a recente declaração do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, de que o PT e o PMDB estarão unidos nas eleições de 2010. “Isso tudo é muito variável e daqui a dois anos acho que o Cabral vai estar conosco”, disse.
Sem menosprezar a importância de uma aliança com o PMDB, Fernando Henrique fez questão de ressaltar que fundamental mesmo para os tucanos é defender uma candidatura que o “povo queira”. “O importante para o PSDB e os demais partidos é encontrar bons candidatos. Essas últimas eleições mostraram que nosso eleitor é muito independente. Ele não segue ordem de ninguém nem tem muito amor a nenhum partido político especificamente. Ele quer saber quem na naquele momento assegura um futuro melhor.”
O ex-presidente aproveitou ainda para descartar a possibilidade de voltar a concorrer ao Palácio do Planalto. “Já disse antes que cada um tem de saber o seu momento na história. Meu papel é agora outro”, afirmou.
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