DEU EM O GLOBO
Em Alagoas, pré-candidato diz estar disposto a reconhecer o que foi feito na gestão petista: "Cada um deixou um tijolo"
Odilon Rios*
MACEIÓ. Em visita ontem a Alagoas, único estado em que venceu as eleições no segundo turno em 2002, o pré-candidato a presidente pelo PSDB, José Serra, voltou a pôr em prática sua estratégia de não bater no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que conta com alta popularidade, e também de elogiar o que considera positivo na gestão petista.
Para tucanos, esse discurso estaria dando certo, desmontando o da adversária do PT, Dilma Rousseff, que insiste na comparação entre os governos Lula e FH num tom mais agressivo.
— O presidente Lula fez bastante coisa, e o Brasil pode fazer muito mais coisas. Estou disposto a reconhecer o que foi feito por ele, pelos antecessores, e acredito, como tudo mundo acredita, que a gente pode fazer muito mais coisas pelo Brasil — disse o tucano, repetindo seu slogan de campanha, “O Brasil pode mais”, e sem citar o ex-presidente Fernando Henrique.
Além de elogiar programas sociais das gestões tucanas, Serra destacou também que Lula deu continuidade a eles e ainda citou como positivo o fato de não ter discriminado estados governados por adversários: — Nunca houve discriminação por parte do presidente Lula (com São Paulo). Seria injusto dizer que houve discriminação.
Não houve. Eu sou a favor sempre que se dê crédito ao passado, aos que fizeram coisas no Brasil. Aos governos passados. Cada um deixou um tijolo, dois, ou três na construção do nosso país, e sempre fiz questão de dar crédito. Quando eu inaugurei o Rodoanel, foi a maior obra de estradas do Brasil, de R$ 5 bilhões. O governo federal deu 24%. No dia da inauguração, eu ainda estava como governador, próximo de deixar o governo, e fiz um amplo reconhecimento público disso.
Acho que a gente só ganha com reconhecimentos recíprocos entre as diferentes esferas de governo.
Como inaugurava uma fábrica verde da Coca-Cola, onde não havia acesso para cadeirantes nem elevadores adaptados, o tucano fez uma promessa: disse que o primeiro ministério que será criado, se vencer as eleições presidenciais, será o Extraordinário para Deficiência Física.
Em Alagoas, estado com o maior índice de analfabetismo, nas taxas de homicídios entre os mais jovens e com 94% da população dependente do Sistema Único de Saúde (SUS), Serra disse que a administração tucana terá um “tripé”, como chamou: “Saúde, Educação e Segurança”. Como Lula, pregou a “multiplicação” de escolas técnicas profissionalizantes.
Acompanhado pelo ex-deputado federal José Thomáz Nonô — cotado para assumir a coordenação de sua campanha no Nordeste —, do governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) e do senador João Tenório (PSDB), o presidenciável almoçou, passeou em dois shoppings e andou pelo calçadão do Comércio, no Centro de Maceió.
Especial para O GLOBO
Em Alagoas, pré-candidato diz estar disposto a reconhecer o que foi feito na gestão petista: "Cada um deixou um tijolo"
Odilon Rios*
MACEIÓ. Em visita ontem a Alagoas, único estado em que venceu as eleições no segundo turno em 2002, o pré-candidato a presidente pelo PSDB, José Serra, voltou a pôr em prática sua estratégia de não bater no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que conta com alta popularidade, e também de elogiar o que considera positivo na gestão petista.
Para tucanos, esse discurso estaria dando certo, desmontando o da adversária do PT, Dilma Rousseff, que insiste na comparação entre os governos Lula e FH num tom mais agressivo.
— O presidente Lula fez bastante coisa, e o Brasil pode fazer muito mais coisas. Estou disposto a reconhecer o que foi feito por ele, pelos antecessores, e acredito, como tudo mundo acredita, que a gente pode fazer muito mais coisas pelo Brasil — disse o tucano, repetindo seu slogan de campanha, “O Brasil pode mais”, e sem citar o ex-presidente Fernando Henrique.
Além de elogiar programas sociais das gestões tucanas, Serra destacou também que Lula deu continuidade a eles e ainda citou como positivo o fato de não ter discriminado estados governados por adversários: — Nunca houve discriminação por parte do presidente Lula (com São Paulo). Seria injusto dizer que houve discriminação.
Não houve. Eu sou a favor sempre que se dê crédito ao passado, aos que fizeram coisas no Brasil. Aos governos passados. Cada um deixou um tijolo, dois, ou três na construção do nosso país, e sempre fiz questão de dar crédito. Quando eu inaugurei o Rodoanel, foi a maior obra de estradas do Brasil, de R$ 5 bilhões. O governo federal deu 24%. No dia da inauguração, eu ainda estava como governador, próximo de deixar o governo, e fiz um amplo reconhecimento público disso.
Acho que a gente só ganha com reconhecimentos recíprocos entre as diferentes esferas de governo.
Como inaugurava uma fábrica verde da Coca-Cola, onde não havia acesso para cadeirantes nem elevadores adaptados, o tucano fez uma promessa: disse que o primeiro ministério que será criado, se vencer as eleições presidenciais, será o Extraordinário para Deficiência Física.
Em Alagoas, estado com o maior índice de analfabetismo, nas taxas de homicídios entre os mais jovens e com 94% da população dependente do Sistema Único de Saúde (SUS), Serra disse que a administração tucana terá um “tripé”, como chamou: “Saúde, Educação e Segurança”. Como Lula, pregou a “multiplicação” de escolas técnicas profissionalizantes.
Acompanhado pelo ex-deputado federal José Thomáz Nonô — cotado para assumir a coordenação de sua campanha no Nordeste —, do governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) e do senador João Tenório (PSDB), o presidenciável almoçou, passeou em dois shoppings e andou pelo calçadão do Comércio, no Centro de Maceió.
Especial para O GLOBO
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