DEU EM O GLOBO
Tucano mira no projeto de energia, e evita perguntas sobre educação
Flávio Freire
SÃO PAULO. Ao mesmo tempo em que fez fortes ataques à condução de políticas do governo federal nas mais diferentes áreas, o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, evitou debater um dos temas mais críticos de sua gestão como governador paulista: a educação. Depois de criticar a “alta carga tributária e as maiores taxas de juros entre os países emergentes”, de bater forte no projeto de energia — tendo como alvo direto sua adversária, a ex-ministra de Minas e Energia e précandidata do PT, Dilma Rousseff —, o tucano disse que não estava ali (no evento Exame Fórum — A Construção da 5 aMaior Economia do Mundo), para falar sobre educação.
— Pergunte ao secretário ou ao governador — disse Serra a um jornalista, em entrevista.
Serra foi firme principalmente ao reclamar da infraestrutura nacional, diante de uma plateia de 500 empresários.
— O Brasil bate hoje recorde mundial. Tem os juros mais altos do mundo, a carga tributária mais alta dos países emergentes e a menor taxa de de investimento governamental.
Sem poupar a condução da economia pela administração do presidente Lula, Serra disse que hoje o país, na esfera federal, tem um investimento governamental menor que os de municípios e estados.
— O investimento governamental no país é de 3% de suas receitas, enquanto os municípios investem 7,3% e os estados, mais de 9%. O esforço é feito mais pelos estados e municípios, com 70% a mais que a média do investimento governamental na esfera federal.
Embora não tenha citado o nome, Serra deixou claro que estava mirando na área elétrica e, assim, atingindo a atuação de Dilma no governo.
— Grandes empresas hidrelétricas têm suas concessões vencendo em 2015, e não se faz nada. O caso da energia é gritante.
Vamos ter expansão na oferta de 2012 a 2016. E 60% vão ser de energia suja. Não se investe na economia de energia, que rende muito. As metas apresentadas são modestíssimas.
Não há um planejamento na área do gás, por exemplo.
Serra também atacou a política externa do atual governo.
— De 2002 para cá, já foram assinados mais de cem acordos de livre comércio, e o Brasil assinou um só.
Ao falar sobre educação, voltou a prometer bolsa-manutenção na área de cursos profissionalizantes para quem recebe o Bolsa Família. Serra ainda deu um tom político ao atacar o loteamento no atual governo: — No meu governo, nunca tivemos loteamento de cargos.
O que acontece no governo federal é gravíssimo. No caso da Anvisa, tinha um candidato do PT que foi para lá e agora vai concorrer a deputado. Esse tipo de coisa perverteu as agências reguladoras.
Tucano mira no projeto de energia, e evita perguntas sobre educação
Flávio Freire
SÃO PAULO. Ao mesmo tempo em que fez fortes ataques à condução de políticas do governo federal nas mais diferentes áreas, o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, evitou debater um dos temas mais críticos de sua gestão como governador paulista: a educação. Depois de criticar a “alta carga tributária e as maiores taxas de juros entre os países emergentes”, de bater forte no projeto de energia — tendo como alvo direto sua adversária, a ex-ministra de Minas e Energia e précandidata do PT, Dilma Rousseff —, o tucano disse que não estava ali (no evento Exame Fórum — A Construção da 5 aMaior Economia do Mundo), para falar sobre educação.
— Pergunte ao secretário ou ao governador — disse Serra a um jornalista, em entrevista.
Serra foi firme principalmente ao reclamar da infraestrutura nacional, diante de uma plateia de 500 empresários.
— O Brasil bate hoje recorde mundial. Tem os juros mais altos do mundo, a carga tributária mais alta dos países emergentes e a menor taxa de de investimento governamental.
Sem poupar a condução da economia pela administração do presidente Lula, Serra disse que hoje o país, na esfera federal, tem um investimento governamental menor que os de municípios e estados.
— O investimento governamental no país é de 3% de suas receitas, enquanto os municípios investem 7,3% e os estados, mais de 9%. O esforço é feito mais pelos estados e municípios, com 70% a mais que a média do investimento governamental na esfera federal.
Embora não tenha citado o nome, Serra deixou claro que estava mirando na área elétrica e, assim, atingindo a atuação de Dilma no governo.
— Grandes empresas hidrelétricas têm suas concessões vencendo em 2015, e não se faz nada. O caso da energia é gritante.
Vamos ter expansão na oferta de 2012 a 2016. E 60% vão ser de energia suja. Não se investe na economia de energia, que rende muito. As metas apresentadas são modestíssimas.
Não há um planejamento na área do gás, por exemplo.
Serra também atacou a política externa do atual governo.
— De 2002 para cá, já foram assinados mais de cem acordos de livre comércio, e o Brasil assinou um só.
Ao falar sobre educação, voltou a prometer bolsa-manutenção na área de cursos profissionalizantes para quem recebe o Bolsa Família. Serra ainda deu um tom político ao atacar o loteamento no atual governo: — No meu governo, nunca tivemos loteamento de cargos.
O que acontece no governo federal é gravíssimo. No caso da Anvisa, tinha um candidato do PT que foi para lá e agora vai concorrer a deputado. Esse tipo de coisa perverteu as agências reguladoras.
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