terça-feira, 1 de junho de 2010

Reflexão do dia – Alberto Aggio


Democrazia e cosmopolitismo in Antonio Gramsci se insere numa perspectiva de leitura do pensador italiano que visa recuperar não somente a sua vitalidade, mas efetivamente sua atualidade. Baseado em investigações pontuais solidamente apresentadas e densamente documentadas, o que se registra aqui é um Gramsci liberto do “gramscismo” que marcou sua difusão e assimilação mundial, mas muito distante de um improvável reencontro com o “obreirismo” dos anos de combate, que marcou o “conselhismo” do início de sua trajetória como dirigente político. É, efetivamente, um Gramsci também distante do “altermundismo” como forma de expressão do antagonismo social, sem a mediação da política. O Gramsci que Izzo nos apresenta e sobre o qual nos convida a refletir é aquele que indica uma percepção própria da democracia, qual seja, a de “uma possibilidade inscrita na morfologia do moderno”; e este último concebido como um campo “aberto a formas de subjetividade não integralmente previsíveis e jamais definitivas”.


(Alberto Aggio, no artigo, “Gramsci entre Marx e Maquiavel”, publicado no site Gramsci e o Brasil)

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