DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Roberto Almeida
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, presidente da Força Sindical, e Artur Henrique, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), partiram para o ataque contra o pré-candidato tucano José Serra e devem repetir a dose no principal evento do sindicalismo brasileiro deste ano, marcado para hoje em São Paulo.
São esperadas 30 mil pessoas de cinco centrais sindicais - Força, CUT, CTB, CGTB e Nova Central - no Estádio do Pacaembu para a assembleia da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), reedição da reunião de 1981 que marcou a união do sindicalismo no País pela redemocratização. Dessa vez, porém, a união é pela continuidade do governo Lula elegendo a petista Dilma Rousseff.
O "aquecimento" para a Conclat foi ontem, na assembleia da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), composta por CUT, UNE, MST e outras 25 entidades ligadas ao movimento negro, LGBT, entre outros.
Paulinho chegou a ser vaiado quando subiu no palco da quadra do Sindicato dos Bancários, no centro da capital paulista. A Força Sindical, entidade que preside, não faz parte da CMS.
Mesmo assim, o deputado empunhou o microfone e assumiu a artilharia contra Serra, indiferente à Lei Eleitoral e às punições por campanha antecipada.
No bombardeio sobre a candidatura tucana, Paulinho - que tratou o pré-candidato a todo momento como "sujeito" - disse que Serra, se eleito, "vai tirar os direitos do trabalhador". "Vai mexer no Fundo de Garantia, nas férias, na licença-maternidade. Por isso, temos de enfrentá-lo na rua para ganhar dele aqui em São Paulo", afirmou.
"Se a gente não falar fica aí esse sujeito tentando ganhar a eleição. Eu estou falando, e vou falar o nome. Nós não podemos deixar esse José Serra ganhar as eleições. Nós estamos falando e não tem jeito. Eles podem processar e nós vamos falar", atacou o deputado pedetista, para uma plateia de 2 mil militantes.
Paulinho já foi processado quatro vezes por campanha antecipada e foi punido em duas, com multa total de R$ 15 mil. "Por quê? Porque estamos falando a verdade", justificou.
Na saída do evento, perguntado sobre a possibilidade de uma nova multa, admitiu: "É, tomei mais uma hoje." Em relação ao Conclat, contemporizou. "Amanhã (hoje) vamos baixar o tom."
"Tapetão do Judiciário". O presidente da CUT, que discursou após Paulinho, saudou a militância com um "bom Dilma". Ele manteve o tom agudo contra Serra e confirmou a indiferença sobre a Justiça Eleitoral. "O que eles (PSDB e DEM) estão tentando fazer é inviabilizar a candidatura democrática-popular (de Dilma) no tapetão do Judiciário", disse.
Para Artur Henrique, os oposicionistas "têm todos os veículos de comunicação na mão, mas não estão conseguindo convencer porque não têm projeto". E citou o que considera uma "tentativa de golpe" contra Lula, fazendo uma referência à crise do mensalão em 2005. A CUT, em texto publicado em seu site, considera a imprensa "o maior partido de direita do País".
Postura anti-Serra. Mesmo sem apoiar formalmente Dilma na corrida eleitoral, a CMS - representada pela dirigente da União Brasileira de Mulheres (UBM) e ex-presidente da UNE, Lúcia Stumpf - afirmou ontem que a postura dos movimentos sociais será anti-Serra. "Desde 2003 nós temos reafirmado posição contrária à volta do PSDB e do DEM ao poder no País", declarou .
BONDADES DO GOVERNO LULA SEDUZEM SINDICATOS
Salário mínimo
Acordo de reajustes até 2023, indexando o aumento da inflação mais a variação do PIB. Em dezembro passado, acordo reajustou o mínimo em R$ 510,00
Imposto de renda
Acordo para correção da tabela do Imposto de Renda, que estava estagnada
Legalização das centrais
Senado aprovou projeto que legalizou centrais sindicais, que passaram a receber parte do dinheiro arrecadado com o imposto sindical. Imposto, que estava ameaçado de se tornar facultativo, também foi mantido pelo projeto, que ainda aprovou a fiscalização das entidades pelo TCU
Trabalho aos domingos
Edição de medida provisória que modificou as regras para o trabalho aos domingos no comércio
Sistema S
Oficialização do movimento sindical nos conselhos do Sesi, Senais e Senac, que fazem parte do Sistema S
OIT
Envio ao Congresso das convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre negociação coletiva no setor público
CLT
Os sindicatos conseguiram a retirada do projeto de lei que estava no Congresso alterando a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
Reformas
Setor trabalhista conseguiu impedir o andamento das propostas de reforma sindical - que se arrastam no Congresso - e de reforma da Previdência, por falta de entendimento com os patronais
Sindicalistas no comando
Pesquisa da FGV mostra que 45% dos cargos de alto comando dentro do governo Lula estão nas mãos de sindicalistas
"Anistia"
Governo Lula reintegrou mais de 7 mil funcionários públicos demitidos por razões políticas ou por realizações de greve
Roberto Almeida
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, presidente da Força Sindical, e Artur Henrique, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), partiram para o ataque contra o pré-candidato tucano José Serra e devem repetir a dose no principal evento do sindicalismo brasileiro deste ano, marcado para hoje em São Paulo.
São esperadas 30 mil pessoas de cinco centrais sindicais - Força, CUT, CTB, CGTB e Nova Central - no Estádio do Pacaembu para a assembleia da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), reedição da reunião de 1981 que marcou a união do sindicalismo no País pela redemocratização. Dessa vez, porém, a união é pela continuidade do governo Lula elegendo a petista Dilma Rousseff.
O "aquecimento" para a Conclat foi ontem, na assembleia da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), composta por CUT, UNE, MST e outras 25 entidades ligadas ao movimento negro, LGBT, entre outros.
Paulinho chegou a ser vaiado quando subiu no palco da quadra do Sindicato dos Bancários, no centro da capital paulista. A Força Sindical, entidade que preside, não faz parte da CMS.
Mesmo assim, o deputado empunhou o microfone e assumiu a artilharia contra Serra, indiferente à Lei Eleitoral e às punições por campanha antecipada.
No bombardeio sobre a candidatura tucana, Paulinho - que tratou o pré-candidato a todo momento como "sujeito" - disse que Serra, se eleito, "vai tirar os direitos do trabalhador". "Vai mexer no Fundo de Garantia, nas férias, na licença-maternidade. Por isso, temos de enfrentá-lo na rua para ganhar dele aqui em São Paulo", afirmou.
"Se a gente não falar fica aí esse sujeito tentando ganhar a eleição. Eu estou falando, e vou falar o nome. Nós não podemos deixar esse José Serra ganhar as eleições. Nós estamos falando e não tem jeito. Eles podem processar e nós vamos falar", atacou o deputado pedetista, para uma plateia de 2 mil militantes.
Paulinho já foi processado quatro vezes por campanha antecipada e foi punido em duas, com multa total de R$ 15 mil. "Por quê? Porque estamos falando a verdade", justificou.
Na saída do evento, perguntado sobre a possibilidade de uma nova multa, admitiu: "É, tomei mais uma hoje." Em relação ao Conclat, contemporizou. "Amanhã (hoje) vamos baixar o tom."
"Tapetão do Judiciário". O presidente da CUT, que discursou após Paulinho, saudou a militância com um "bom Dilma". Ele manteve o tom agudo contra Serra e confirmou a indiferença sobre a Justiça Eleitoral. "O que eles (PSDB e DEM) estão tentando fazer é inviabilizar a candidatura democrática-popular (de Dilma) no tapetão do Judiciário", disse.
Para Artur Henrique, os oposicionistas "têm todos os veículos de comunicação na mão, mas não estão conseguindo convencer porque não têm projeto". E citou o que considera uma "tentativa de golpe" contra Lula, fazendo uma referência à crise do mensalão em 2005. A CUT, em texto publicado em seu site, considera a imprensa "o maior partido de direita do País".
Postura anti-Serra. Mesmo sem apoiar formalmente Dilma na corrida eleitoral, a CMS - representada pela dirigente da União Brasileira de Mulheres (UBM) e ex-presidente da UNE, Lúcia Stumpf - afirmou ontem que a postura dos movimentos sociais será anti-Serra. "Desde 2003 nós temos reafirmado posição contrária à volta do PSDB e do DEM ao poder no País", declarou .
BONDADES DO GOVERNO LULA SEDUZEM SINDICATOS
Salário mínimo
Acordo de reajustes até 2023, indexando o aumento da inflação mais a variação do PIB. Em dezembro passado, acordo reajustou o mínimo em R$ 510,00
Imposto de renda
Acordo para correção da tabela do Imposto de Renda, que estava estagnada
Legalização das centrais
Senado aprovou projeto que legalizou centrais sindicais, que passaram a receber parte do dinheiro arrecadado com o imposto sindical. Imposto, que estava ameaçado de se tornar facultativo, também foi mantido pelo projeto, que ainda aprovou a fiscalização das entidades pelo TCU
Trabalho aos domingos
Edição de medida provisória que modificou as regras para o trabalho aos domingos no comércio
Sistema S
Oficialização do movimento sindical nos conselhos do Sesi, Senais e Senac, que fazem parte do Sistema S
OIT
Envio ao Congresso das convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre negociação coletiva no setor público
CLT
Os sindicatos conseguiram a retirada do projeto de lei que estava no Congresso alterando a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
Reformas
Setor trabalhista conseguiu impedir o andamento das propostas de reforma sindical - que se arrastam no Congresso - e de reforma da Previdência, por falta de entendimento com os patronais
Sindicalistas no comando
Pesquisa da FGV mostra que 45% dos cargos de alto comando dentro do governo Lula estão nas mãos de sindicalistas
"Anistia"
Governo Lula reintegrou mais de 7 mil funcionários públicos demitidos por razões políticas ou por realizações de greve
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