DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Durante evento em São Paulo, presidenciáveis tucano e petista tocam em assuntos polêmicos, mas evitam entrar em detalhes
Adriana Carranca e Julia Duailibi
Os pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) revelaram ontem pontos polêmicos de suas prováveis plataformas econômicas de governo, mas se recusaram a entrar em detalhes.
Dilma falou pela primeira vez na necessidade de mexer na faixa etária para aposentadoria dos brasileiros. Ao destacar a vantagem do que chama de "bônus demográfico do Brasil" sobre outros países desenvolvidos, ou seja, uma população ativa maior do que a parcela de dependentes, Dilma afirmou: "A terceira idade está ficando difícil... A gente vai ter de estender ela um pouco mais para lá."
Depois, questionada sobre detalhes do que mudaria de fato na Previdência, a pré-candidata disse ter feito apenas "uma brincadeira". "Eu sempre acho que (o governo) vai ter de olhar a questão etária do País e tomar providências, é claro. Mas fiz uma brincadeira comigo mesma, porque eu não tenho vergonha de dizer: tenho 62 anos. Nasci no final de 1947 e vou fazer 63 em dezembro.
Durante evento em São Paulo, presidenciáveis tucano e petista tocam em assuntos polêmicos, mas evitam entrar em detalhes
Adriana Carranca e Julia Duailibi
Os pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) revelaram ontem pontos polêmicos de suas prováveis plataformas econômicas de governo, mas se recusaram a entrar em detalhes.
Dilma falou pela primeira vez na necessidade de mexer na faixa etária para aposentadoria dos brasileiros. Ao destacar a vantagem do que chama de "bônus demográfico do Brasil" sobre outros países desenvolvidos, ou seja, uma população ativa maior do que a parcela de dependentes, Dilma afirmou: "A terceira idade está ficando difícil... A gente vai ter de estender ela um pouco mais para lá."
Depois, questionada sobre detalhes do que mudaria de fato na Previdência, a pré-candidata disse ter feito apenas "uma brincadeira". "Eu sempre acho que (o governo) vai ter de olhar a questão etária do País e tomar providências, é claro. Mas fiz uma brincadeira comigo mesma, porque eu não tenho vergonha de dizer: tenho 62 anos. Nasci no final de 1947 e vou fazer 63 em dezembro.
Não tratei desse assunto", disse aos jornalistas.
Serra, por sua vez, criticou pontos da política econômica do governo federal, defendeu um "outro tipo de combinação" na relação entre câmbio e juros e destacou o crescimento da economia durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O tucano disse que, para haver crescimento sustentável em três décadas, é preciso "ter outro tipo de combinação a médio e longo prazo" na relação juros e câmbio. Questionado depois sobre como essa "combinação" se daria, Serra não foi além: "Uma combinação mais favorável. Tem que ter uma equipe econômica integrada, responsabilidade fiscal, cambial e monetária."
As declarações dos dois pré-candidatos foram feitas para uma plateia de empresários, durante o encontro Brasil, a construção da 5.ª maior economia do mundo, promovido pela revista Exame, e em entrevistas após o evento.
Críticas. Serra tentou se colocar como um contraponto a Dilma. Falou em falta de planejamento da atual gestão e em baixo investimento público, inclusive em infraestrutura, um dos pontos caros no discurso da petista. "O Brasil neste período todo cresceu pouco diante da sua performance histórica desde a estabilização. Se pegarmos na média, durante o governo passado, o crescimento deve ter sido de 2,6%, 2,7% ao ano. Curiosamente, nos oito primeiros anos depois do Plano Real, o crescimento do Brasil esteve mais próximo da média mundial do que no governo seguinte, que é o atual", declarou Serra.
Dilma disse que o País pode crescer de 5,5% em média ao ano até 2014, além de elevar a taxa de investimento para 22% do PIB. Entre os setores que impulsionariam este crescimento, destacou petróleo e gás, energia elétrica, logística, construção habitacional e o agronegócio.
A pré-candidata se atrapalhou com os números da reserva de óleo equivalente (petróleo e gás) do Brasil. Primeiro, falou em 4 bilhões de barris, número corrigido para 14 bilhões durante entrevista coletiva.
Serra, por sua vez, criticou pontos da política econômica do governo federal, defendeu um "outro tipo de combinação" na relação entre câmbio e juros e destacou o crescimento da economia durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O tucano disse que, para haver crescimento sustentável em três décadas, é preciso "ter outro tipo de combinação a médio e longo prazo" na relação juros e câmbio. Questionado depois sobre como essa "combinação" se daria, Serra não foi além: "Uma combinação mais favorável. Tem que ter uma equipe econômica integrada, responsabilidade fiscal, cambial e monetária."
As declarações dos dois pré-candidatos foram feitas para uma plateia de empresários, durante o encontro Brasil, a construção da 5.ª maior economia do mundo, promovido pela revista Exame, e em entrevistas após o evento.
Críticas. Serra tentou se colocar como um contraponto a Dilma. Falou em falta de planejamento da atual gestão e em baixo investimento público, inclusive em infraestrutura, um dos pontos caros no discurso da petista. "O Brasil neste período todo cresceu pouco diante da sua performance histórica desde a estabilização. Se pegarmos na média, durante o governo passado, o crescimento deve ter sido de 2,6%, 2,7% ao ano. Curiosamente, nos oito primeiros anos depois do Plano Real, o crescimento do Brasil esteve mais próximo da média mundial do que no governo seguinte, que é o atual", declarou Serra.
Dilma disse que o País pode crescer de 5,5% em média ao ano até 2014, além de elevar a taxa de investimento para 22% do PIB. Entre os setores que impulsionariam este crescimento, destacou petróleo e gás, energia elétrica, logística, construção habitacional e o agronegócio.
A pré-candidata se atrapalhou com os números da reserva de óleo equivalente (petróleo e gás) do Brasil. Primeiro, falou em 4 bilhões de barris, número corrigido para 14 bilhões durante entrevista coletiva.
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