BRASÍLIA - Nem o TCU conseguiu, em quase quatro meses, saber o gasto efetivo do governo nas bilionárias capitalizações do BNDES desde a crise de 2008.
Nessas operações, o governo capta recursos no mercado financeiro e os repassa ao banco para serem emprestados. A estatal faz os empréstimos a juros mais baixos e a diferença é subsidiada pelo Tesouro Nacional.
Para o relatório, o TCU pediu os dados ao banco e ao Ministério da Fazenda, mas não os recebeu. "É necessário mais transparência desses dados", disse Aroldo Cedraz, relator das contas.
Os técnicos ainda tentam saber o custo efetivo de empréstimos autorizados por duas leis em 2009. Foi concedido ao BNDES subvenção para créditos de até R$ 124 bilhões. O banco recebeu aportes de R$ 200 bilhões.
Em 2011, o governo autorizou o BNDES a utilizar recursos que deveriam ser pagos ao Tesouro. Nesta semana, foram liberados mais R$ 30 bilhões para o banco.
O BNDES disse que tem controle rigoroso sobre os recursos e que passará a divulgar relatórios trimestrais.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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