Erich Decat
A última semana do ano será marcada pela correria dos congressistas atrás da liberação das emendas parlamentares. Do aeroporto, deputados e senadores desembarcam direto no gabinete da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, responsável pelos acordos feitos para votação de projetos de interesse do governo no Congresso. A corrida não terá coloração partidária. O dinheiro deverá ser aplicado em pequenas obras, como quadras de esportes, praças e postos de saúde. Intervenções que podem fazer o diferencial em 2012, ano de eleições municipais.
Até o dia 31, apenas R$ 6 milhões de um total de R$ 13 milhões previstos para as emendas individuais devem ser liberados. Esse valor será reservado aos reeleitos em 2010. Para os "novatos" no Congresso, o montante será de R$ 3 milhões. "Vou para Brasília na terça-feira. Eu e a torcida do Vasco. É uma pressão legítima", afirma o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Apesar da expectativa de grande movimentação nos ministérios, integrantes do PDT se dizem ressentidos com o governo e que não ingressarão na fila das emendas.
A pressão do deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, pelo reajuste dos aposentados que levou a votação do Orçamento da União de 2012 ao limite, deve gerar retaliações ao partido. "Na véspera da votação da Orçamento, houve uma reunião da base do governo e não fomos convidados. Pode colocar isso em caixa alta. É uma atitude que não constrói", dispara o deputado João Dado (PDT-SP), integrante da Comissão Mista do Orçamento. "Acredito sim em retaliação, no sentido de desvalorizar o PDT", acrescentou.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE
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