SÃO PAULO - O senador e presidente nacional do PSDB Aécio Neves se recusou a rebater as críticas feitas pelo vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, que afirmou que o tucano "perdeu a oportunidade de ficar calado" ao dizer que é o PSB que tem mais a perder de não se aliar ao PSDB. "Não vou responder ao Roberto Amaral, conheço muito pouco para isso", disse Aécio, em São Paulo.
Segundo o senador, as declarações de Amaral não estremeceram a relação entre os partidos, pois "a minha interlocução com o PSB é feita prioritariamente com o presidente do partido", disse, referindo-se ao seu provável adversário nas eleições Eduardo Campos.
O tucano reforçou ainda que sua relação com Campos "é antiga e precede as candidaturas e é natural". "Volto a repetir: acredito nas coisas naturais na política", disse.
Segundo Aécio, foi o PT que introduziu "algo perverso na política" de tratar adversários como inimigos. "Não acho que quem está em outro campo só tenha defeitos e nem que alguém só por ser aliado só tenha virtudes", afirmou. O tucano voltou a dizer ainda que acha a candidatura de Campos "saudável".
O presidenciável tucano acrescentou que, na sua avaliação, a campanha eleitoral "só vai começar para valer" em julho. "As alianças, os entendimentos, a formação de chapa, tudo isso virá com naturalidade no tempo certo, mas campanha para valer no Brasil só depois da Copa do Mundo", disse, ao lado do governador Geraldo Alckmin (SP).
Repetindo o discurso de Alckmin, Aécio disse que ainda não há "candidaturas colocadas formalmente". "Esse é momento de discussão de programa, de projeto, de nos comunicarmos melhor com a população", afirmou, ressaltando que falava como presidente do PSDB. Segundo o senador, o partido precisa mostrar "de forma muito clara" como vai enfrentar questões como a segurança pública e a saúde.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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