• Miguel Rossetto irá para a Secretaria-Geral
Natuza Nery, Andréia Sadi - Folha de S. Paullo
BRASÍLIA - Definida a equipe econômica, Dilma Rousseff se debruça agora para fechar o time político que tocará os próximos quatro anos, mas enfrenta resistências do PMDB, um de seus principais aliados.
A nova equipe é considerada crucial para superar a crise que abateu o governo e o Congresso após a Polícia Federal descobrir esquema de irregularidades na Petrobras.
Com Aloizio Mercadante (Casa Civil) à frente, a tropa de choque será integrada pelos petistas Jaques Wagner e Miguel Rossetto.
Rossetto irá para a Secretaria-Geral. Wagner ainda não tem destino certo. Ele resiste a assumir a Secretaria de Relações Institucionais, cargo que ocupou no governo Lula, o que pode levá-lo para as Comunicações.
Apesar do impacto da fase inicial da Lava Jato, Dilma tenta manter Graça Foster na Petrobras.
O PMDB não quer perder o Ministério de Minas e Energia, destino possível da petista Miriam Belchior, hoje no Planejamento.
Dilma, no entanto, já sinalizou disposição em deslocar o PMDB dos cargos de maior relevo. O atual ministro Edison Lobão (PMDB-MA) foi, segundo a revista "Veja", citado em depoimento à PF por um ex-diretor da Petrobras.
A cúpula peemedebista e o PT se insurgem contra a indicação da senadora Kátia Abreu para a Agricultura, mas foram avisados que dificilmente haverá recuo.
Quatro partidos brigam pelo cargo de ministro das Cidades, pasta que comanda o Minha Casa Minha Vida.
O PT recebeu de Lula a instrução para recuperar o ministério. O PP quer se manter na vaga. O PMDB, por sua vez, cobiça o posto como compensação por perdas em outras áreas e o PSD quer emplacar Gilberto Kassab.
Colaborou Márcio Falcão, de Brasília
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