Gabriela Guerreiro – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - O PSDB quer o comando da Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle no Senado para priorizar as investigações sobre gastos e ações do governo federal.
Quarta maior bancada da Casa, os tucanos apostam na comissão para aprovar convocações de ministros e auditorias no Executivo para desgastar a imagem da presidente Dilma Rousseff.
O PSDB indicará o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) para presidir a comissão. Crítico ferrenho do governo, o tucano tem o perfil considerado ideal para tomar medidas que deem maior poder à oposição no Congresso.
O Senado divide o comando das comissões de acordo com o tamanho dos partidos. O PMDB, maioria entre os senadores, vai indicar o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a mais importante, já que por ela passam as propostas que tramitam no Senado.
Os peemedebistas defendem que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mantenha a divisão das comissões pela proporcionalidade partidária.
Na divisão dos cargos da Mesa Diretora, Renan tirou as vagas do PSDB e do PSB para ceder a partidos que apoiaram sua reeleição. Agora, o senador promete dividir o comando das comissões de acordo com o tamanho dos partidos, apesar de o Palácio do Planalto trabalhar contra a indicação do PSDB.
"Acredito que essa proporcionalidade que nasceu das urnas para cada partido será respeitada", disse o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB). As definições vão ocorrer na semana que vem.
"Meu desejo é que a gente faça um entendimento geral para não ter disputa. Eu tenho mais demandas de senadores do que vagas, mas vamos buscar o consenso", disse o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE).
O PT vai escolher a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos, enquanto o PSB briga para emplacar o senador Romário (RJ) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte.
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