João Pedro Pitombo - Folha de S. Paulo
PORTO ALEGRE, SALVADOR - Possíveis adversários do PT na disputa presidencial em 2018, PMDB e PSDB buscam estratégias para ganhar espaço nas grandes cidades e isolar os petistas nas principais capitais do país neste ano.
Os tucanos já têm pré-candidatos em pelo menos 19 capitais enquanto os peemedebistas já se articulam em 14.
No caso do PMDB, ganhar espaço nas capitais é a principal estratégia para se fortalecer para a campanha presidencial. Hoje, o partido detém apenas as prefeituras de Rio de Janeiro e Boa Vista.
Presidente da Fundação Ulysses Guimarães, centro de estudos do PMDB, e um dos peemedebistas mais próximos ao vice-presidente Michel Temer, Moreira Franco diz que o foco é ganhar musculatura nas grandes cidades. Por isso, o partido terá candidato em São Paulo, Rio e Porto Alegre.
"O PMDB é o maior partido do Brasil, com o maior número de prefeitos, mas sua força ainda está concentrada nas pequenas cidades", diz.
O PSDB, por sua vez, vai apostar em candidatos próprios e apoio a outros partidos, como o PSB. "Não será diferente do que se segue no plano nacional, sob pena de a opinião pública não reconhecer o partido", diz o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
Além de disputar a reeleição na quatro capitais que comanda, os tucanos têm pré-candidatos em outras 15 capitais, incluindo o lançamento de nomes novos em Natal, Campo Grande e Cuiabá. Também vai apostar as fichas para retomar a prefeitura de São Paulo e Belo Horizonte.
Uma vitória tucana nestas duas capitais será crucial no duelo interno entre o senador mineiro Aécio Neves e o governador tucano Geraldo Alckmin pela indicação do partido para as eleições presidenciais de 2018.
Mesmo com estratégias próprias, tucanos e peemedebistas já ensaiam alianças em algumas capitais.
É o caso de Maceió, onde o governador Renan Filho (PMDB) cogita apoiar a reeleição do prefeito Rui Palmeira (PSDB), unindo os dois grupos que polarizaram a política alagoana.
Em João Pessoa, os tucanos podem apoiar a candidatura do deputado federal Manoel Júnior (PMDB). Mas os peemedebistas ainda não descartam aliança com o tucano Ruy Carneiro.
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