Por Raphael Di Cunto, Thiago Resende e Maria Cristina Fernandes - Valor Econômico
BRASÍLIA E SÃO PAULO - A renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara dos Deputados, antecipada ontem pelo Valor, deixa a Casa frente a uma eleição com vários candidatos. Pelo menos dez nomes da base aliada se lançaram candidatos. Hoje, os quatro nomes mais fortes são: o líder do PSD, Rogério Rosso (DF); o segundo-vice-presidente da Câmara, Fernando Giacobo (PR-PR), Heráclito Fortes (PSB-PI) e Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Ainda à espera da definição do processo de impeachment no Senado, o presidente interino, Michel Temer, tem seu cacife diminuído para influenciar a sucessão naquela Casa. O substituto de Cunha terá um mandato tampão, uma vez que a Câmara vai eleger um novo presidente na abertura do biênio legislativo em 2017. Quem suceder Cunha vai se tornar o presidente em exercício na ausência de Temer.
Terá ainda a responsabilidade de comandar a Casa na tramitação de projetos cruciais ao ajuste fiscal, como a proposta de emenda constitucional que fixa um teto para os gastos públicos, o projeto que renegocia as dívidas dos Estados e a reforma da Previdência.
A disputa principal será dentro da base de Temer, entre o centrão (PP, PR, PSD, PTB, PRB, PSC) e a antiga oposição (PSDB, DEM, PPS e PSB). No acerto com aliados para anunciar a renúncia, Cunha negociou ajuda para salvar seu mandato da cassação - e evitar que as ações nas quais é réu sejam encaminhadas para a Justiça Federal em Curitiba, onde as condenações têm sido
Nenhum comentário:
Postar um comentário