Italo Nogueira, Lucas Vettorazzo, Estelita hass Carazzai – Folha de S. Paulo
RIO, CURITIBA - Depoimentos de executivos da Carioca Engenharia apontam que a "taxa de oxigênio", como era chamada a propina no governo do Rio na gestão Cabral, foi alvo de cobrança dentro do comitê de campanha do governador Luiz Fernando Pezão.
A cobrança foi feita por José Orlando Rabelo, segundo o Ministério Público Federal, operador de Hudson Braga, à época coordenador de campanha do peemedebista ao governo do Estado em 2014. O MPF afirma que não há indícios de participação de Pezão.
"José Orlando em, pelo menos, duas oportunidades, uma delas na sala de Hudson Braga no Palácio Guanabara, e outra no diretório de campanha do PMDB em Jacarepaguá entrou com uma planilha em mãos dizendo o quanto a Carioca estava devendo de 'taxa de oxigênio", afirma Roberto José Teixeira Gonçalves, diretor-geral da Carioca Engenharia, em delação premiada.
Roberto Moscou, como é conhecido, afirma ter sido chamado algumas vezes por Braga para o local.
A "taxa de oxigênio" era cobrada pelo grupo que atuava dentro da Secretaria Estadual de Obras, comandada em parte do tempo por Pezão.
Os investigadores afirmam que não encontraram indícios contra o atual governador. Eles afirmam que o nome do peemedebista não aparece em nenhuma delação premiada. Ele também não é citado nos documentos do MPF.
Investigação da procuradoria apontou que o local de campanha pertence à Eurobarra Rio, concessionária de veículos. A empresa fez repasses a empresa de Carlos Emanuel Miranda, apontado como operador do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).
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