Camila Mattoso, Bela Megale – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - A Odebrecht terminou no meio da tarde desta sexta-feira (2) o processo de assinatura de acordos de delação premiada dos 77 executivos do grupo que firmaram acordos de delação premiada com os procuradores da Lava Jato.
As assinaturas das pessoas físicas foram realizadas na sede da PGR (Procuradoria-Geral da República), em Brasília, desde a tarde de quinta-feira (1º), após advogados da empresa firmarem o acordo de leniência com os investigadores em Curitiba.
Na leniência, a empresa se comprometeu a pagar uma multa de cerca de R$ 6,7 bilhões.
No primeiro dia, 55 empresários foram à cobertura do bloco A da procuradoria fazer as assinaturas, que se estenderam das 15h às 22h.
Segundo os presentes, apesar do processo ser rápido, formou-se uma grande fila. No local estavam apenas dois procuradores que foram os responsáveis pelos trâmites.
Entre eles estava o presidente do Conselho Administrativo e dono da empreiteira Emílio Odebrecht. Já o filho dele, Marcelo, ex-presidente e herdeiro do grupo, preso desde junho de 2015, realizou a assinatura nesta sexta na carceragem da PF, na capital paranaense.
Além dele, 21 executivos firmaram seus termos também na sexta. Como estão soltos, eles foram até Brasília para isso.
O próximo passo será o depoimento dos executivos. Eles estão previstos para começar na próxima semana. Ainda não há definição se eles acontecerão em Brasília, Curitiba ou em ambas cidades.
Segundo envolvidos nas negociações, a ideia é que todos os delatores sejam ouvidos em uma semana para dar celeridade ao processo de homologação, responsabilidade do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavaski. É só após a homologação que o acordo será validado.
A probabilidade de que a homologação aconteça ainda neste ano é pequena, mas serão feitos esforços nesse sentido.
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