- O Globo
Fantasia, gripezinha, resfriadinho, neurose, histeria, medinho, histórico de atleta. A pandemia do coronavírus nas palavras do presidente Bolsonaro
26 de janeiro: “Estamos preocupados, obviamente, mas não é uma situação alarmante.”
9 de março: “Está superdimensionado o poder destruidor desse vírus.”
10 de março: “Temos no momento uma crise, uma pequena crise. No meu entender, muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propala ou propaga.”
11 de março: “Eu não sou médico, eu não sou infectologista. O que eu ouvi até o momento é que outras gripes mataram mais do que essa.”
15 de março: “Não podemos entrar em uma neurose como se fosse o fim do mundo. Outros vírus mais perigosos aconteceram no passado e não tivemos essa crise toda.”
17 de março, um morto: “Esse vírus trouxe uma certa histeria.”
20 de março, 11 mortos: “Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar não, tá ok?”
24 de março, 46 mortos: “Pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria acometido, quando muito, de uma gripezinha ou resfriadinho.”
27 de março, 92 mortos: “Alguns vão morrer? Vão morrer. Lamento, lamento. Essa é a vida.”
29 de março, 136 mortos: “Essa é uma realidade, o vírus tá aí. Vamos ter que enfrentá-lo, mas enfrentar como homem, porra. Não como um moleque.”
2 de abril, 299 mortos: “Tá com medinho de pegar vírus? Tá de brincadeira.”
12 de abril, 1.223 mortos: “Parece que está começando a ir embora a questão do vírus.”
20 de abril, 2.575 mortos: “Ô cara, eu não sou coveiro, tá certo? Não sou coveiro, tá?”
28 de abril, 4.543 mortos: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre.”
2 de junho, 31.909 mortos: “Eu lamento todos os mortos, mas é o destino de todo mundo.”
7 de julho, 66.868 mortos: “Acontece, infelizmente acontece”.
Ao autor das frases acima, pronta recuperação.
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