- Blog do Noblat / Metrópoles
Esse foi o principal motivo da visita
inesperada do presidente da República ao presidente do Supremo Tribunal
Federal, ontem à tarde
Acendeu a luz vermelha no terceiro andar do
Palácio do Planalto, onde o presidente Jair
Bolsonaro tem seu gabinete, tão logo ele soube, ontem, no final da
tarde, que o Supremo
Tribunal Federal marcara para amanhã uma sessão extraordinária
destinada a tratar da realização ou não da Copa América no Brasil.
A sessão foi sugerida pela ministra Cármen
Lúcia, relatora da ação impetrada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) que
é contra a realização da Copa enquanto durar a pandemia da Covid-19. Bolsonaro
telefonou então para o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo, e partiu imediatamente ao seu encontro.
Saiu de lá com a certeza de que a maioria
dos ministros não se oporá à Copa. É possível que Ricardo Lewandowisk, relator
no tribunal de parte das ações que tem a ver com a Covid-19, faça determinadas
exigências para que a Copa seja jogada. Caberia aos governadores bancar ou não
os jogos, e quatro deles toparam.
De Fux, Bolsonaro ouviu que repercutiu muito entre seus pares a declaração do deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo na Câmara, que criticou decisões do Supremo e disse que elas poderão começar a ser desobedecidas. Barros disse o que Bolsonaro pensa, mas não tem coragem de fazer.
Indicação de novo ministro do Supremo
Tribunal ficará para agosto
André Mendonça é o favorito por ser
terrivelmente evangélico, mas seu nome ainda enfrenta resistência no Senado
André Mendonça, ex-ministro da Justiça,
atual Advogado-Geral da União, terrivelmente evangélico e fidelíssimo serviçal
do presidente Jair Bolsonaro, continua sendo pule de 10 para ocupar a
vaga que se abrirá no Supremo
Tribunal Federal, em julho, com a aposentadoria compulsória do ministro
Marco Aurélio Mello.
Mas ele já foi avisado, bem como ministros
do Supremo, que por uma especial gentileza de Bolsonaro, a nomeação só será
anunciada em agosto para não melindrar Mello nem seus pares. Alguns ministros
do Supremo já sabiam que seria assim antes de Luiz Fux, seu presidente,
conversar a respeito com Bolsonaro.
Mendonça deve aproveitar o tempo para
continuar à caça de votos de senadores dispostos a apoiá-lo. A nomeação depende
da aprovação do Senado e, ali, o nome de Mendonça ainda enfrenta resistência.
Sem plena certeza de que a resistência será vencida, Bolsonaro poderá
surpreender e indicar outro nome.
Já surpreendeu ao nomear ministro Kássio
Nunes Marques. Levado pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) ao gabinete de
Bolsonaro no Palácio do Planalto, Nunes Marques foi escolhido no primeiro
encontro entre os dois. Bolsonaro gostou dele na hora. Pesou o fato de que os
senadores não faziam objeção ao seu nome.
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