Colocando o PSB como "fomentador do debate", governador afirma que os últimos dois anos "não foram como desejávamos" e que a discussão é sobre o "futuro do País"
Carolina Albuquerque
Durante a entrega da Arena Pernambuco ontem, o governador Eduardo Campos (PSB) voltou a mirar o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). "O Brasil teve dois anos que não foram exatamente como nós desejávamos", resumiu o socialista, cotado à Presidência da República nas eleições de 2014. Enquanto o presidenciável tem tratado seus "alertas" sobre a economia brasileira como um "debate necessário", nos bastidores do PT a estratégia é de pregar a pecha de que "há uma torcida contra o País", segundo afirmou a coluna Painel da Folha de S. Paulo, ontem.
"Temos uma tarefa que é fazer o debate, que não tem o viés eleitoral como muitos querem dar. É sobre o futuro do País. O que podemos fazer para o Brasil ganhar este ano? Precisamos retomar o crescimento econômico, conter a inflação, preservar o mercado de trabalho e gerar mais", frisou o governador. Afastando de si qualquer especulação eleitoral, Campos colocou o PSB como um "fomentador do debate". Como exemplo, destacou o seminário Diálogos do Desenvolvimento Brasileiro, de onde sairá uma publicação até o final do ano com sugestões para o futuro do País.
Ele define a iniciativa como uma "contribuição de conteúdo do PSB". "O que temos procurado fazer é uma discussão política com ?P? maiúsculo sobre o futuro do Brasil." E completou: "Há reconhecimentos sobre os avanços do governo lula e Dilma nessa questão social. Mas existe pensamentos de que há o que aperfeiçoar. É um debate que tem diversas linhas, para ter contradição, para haver o debate".
Questionado sobre o teor eleitoral das inserções nacionais do PSB, veiculadas desde a semana passada nas rádios e TVs, Campos rebateu. "O PSB está fazendo exatamente o que todos os partidos têm direito de fazer. Os partidos tem por lei um espaço para colocar suas ideias, mostrar o que está fazendo. Não estamos discutindo eleição", sentenciou. Apesar da negativa, as inserções tem no governador e no seu governo a principal e única estrela. Através do slogan "é possível fazer mais", é ele o único a falar. Há apenas duas citações a administrações socialistas, a do Ceará e a de Belo Horizonte (MG).
Fonte: Jornal do Commercio (PE
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