• Presidente disse ser mais competitiva que seus adversários, mostrou-se otimista com a economi e afirmou que seu governo terá muito a apresentar na propaganda política de TV
Ricardo Della Coletta e Rafael Moraes Moura - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Em mais de duas horas de reunião com os presidentes dos partidos que integram a coligação da campanha à reeleição, a presidente Dilma Rousseff disse ser mais competitiva que seus adversários, mostrou-se otimista com a situação econômica do País, apesar do pífio crescimento, e afirmou que seu governo terá muito a apresentar na propaganda política de TV, a partir de 19 de agosto.
Dilma pediu união dos aliados e prometeu reuniões semanais com os líderes dos partidos. Durante o encontro, no Palácio do Alvorada, a presidente tentou mudar a imagem de que é avessa à política. Sorridente, garantiu que todos passarão a integrar o núcleo da coordenação da campanha, com direito a opinar sobre o programa de TV, a cargo do marqueteiro João Santana.
"A primeira conclusão é que, embora tenhamos grande tempo na TV, ele é insuficiente para mostrar tudo o que o governo fez", disse o vice-presidente Michel Temer, numa referência ao espaço que Dilma ocupará diariamente no horário eleitoral gratuito. Nessa divisão, ela terá 11 minutos e 48 segundos, o candidato do PSDB, Aécio Neves, ficará com 4 minutos e 31 segundos e Eduardo Campos (PSB), 1 minuto e 49 segundos.
Temer assegurou que haverá empenho dos presidentes dos partidos para sensibilizar líderes e candidatos nos Estados a se engajar na campanha de Dilma. "A reunião foi marcada por profundo otimismo", emendou o vice-presidente ao comentar o clima do encontro no Alvorada. Questionado sobre as dificuldades na economia, prestes a entrar em recessão, Temer procurou amenizar os problemas nessa seara. "Se não vamos ter um PIB extraordinário, também não teremos um negativo", argumentou ele.
Segundo o presidente do PDT, Carlos Lupi -- que participou da reunião no Alvorada --, Dilma fez uma avaliação positiva do cenário e disse que "tudo está dando certo". O governo ficou aliviado com a pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira, 22, encomendada pelo Estado e pela Rede Globo, que mostrou estabilidade no quadro eleitoral. De acordo com o levantamento, se houver segundo turno, Dilma venceria Aécio. No diagnóstico do governo e do PT, o candidato do PSB, Eduardo Campos, não vai conseguir se consolidar como terceira via na disputa.
Dilma convocou os presidentes dos partidos aliados, que compõem o Conselho Político do governo, para tentar integrá-los à campanha. "Minha impressão é de que, agora, todos se sentiram comandando a campanha diretamente", comentou Lupi.
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