• Parlamentares se queixam de trecho em que apresentadores dizem que 304 dos 513 deputados eleitos 'estão com Dilma'
Ricardo Della Coletta - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - A primeira propaganda do horário eleitoral da presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, veiculada na quinta-feira passada, 9, jogou mais combustível no racha da bancada do PMDB na Câmara. Em reunião nesta tarde, parlamentares se queixaram de um trecho da publicidade em que apresentadores dizem que 304 dos 513 deputados eleitos "estão com Dilma".
Para chegar ao número, a campanha da petista somou o número de eleitos pelos nove partidos que fazem parte da coligação Com a Força do Povo (PT, PMDB, PR, PRB, PROS, PDT, PCdoB, PP e PSD). Desconsiderou, no entanto, que a bancada do PMDB está dividida e que, segundo o líder Eduardo Cunha (RJ), ao menos metade de seus integrantes estão fechados com o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves.
"É uma informação que não bate com a realidade", disse o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), reeleito no dia 5 de outubro. "Mais uma vez demonstra a postura do PT de fazer do PMDB sempre uma barriga de aluguel", acrescenta.
O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), outro integrante do grupo favorável a Aécio, também atacou o programa de Dilma. "Ela não pode dizer isso. Só quem pode dizer isso é o líder", diz o peemedebista, para quem a aliança do PMDB nacional com o PT envolve apenas a indicação da vice-presidência e o tempo de televisão. "A bancada do PMDB na Câmara não tem nenhum compromisso em apoiar Dilma (em um eventual segundo mandato)."
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