• Após reunião com deputados, senador confirma apoio a Júlio Delgado
Junia Gama – O Globo
BRASÍLIA - Principal líder da oposição, o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), voltou ontem ao Congresso Nacional para evitar a divisão dos tucanos nas eleições da Câmara e do Senado, que corria o risco de minar sua posição de principal líder do partido. Diante das articulações para esvaziar a candidatura de Júlio Delgado (PSB-MG) à Presidência da Câmara, Aécio reuniu-se com a bancada dos deputados do PSDB e tentou enquadrar os que defendiam o apoio ao peemedebista Eduardo Cunha (RJ) no primeiro turno. Ao fim do encontro, o presidenciável confirmou que a bancada apoiará o deputado mineiro, apesar de pressões internas dos que defendiam uma aliança com o peemedebista em troca de mais espaço na Mesa Diretora.
Em evento da bancada da Câmara, Aécio argumentou que cargos de direção da Casa seriam "irrelevantes" diante da necessidade de manter coerência política e que o PSDB não poderia se deixar "cooptar" pela oferta de espaço e perder seu discurso de oposição.
- O partido (PSB) esteve conosco no segundo turno da eleição presidencial, o caminho natural do PSDB é fortalecer a candidatura do deputado Júlio Delgado. É a candidatura que apresenta as melhores condições de garantir a independência (da Câmara). Nossa coerência fica em primeiro lugar - disse Aécio.
A definição do PSDB é tida como fundamental para viabilizar a candidatura de Júlio Delgado, que tenta desde o ano passado formalizar um bloco reunindo, além de seu partido, o PSDB, PPS e PV, somando 106 deputados. Só após o gesto de Aécio, o PV decidiu que também irá permanecer ao lado de Júlio Delgado, apesar das investidas de Cunha. Para reforçar o papel de oposicionista, Aécio ainda anunciou a intenção dos tucanos de criarem mais quatro CPIs.
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