• Presidente do partido minimizou expectativa sobre políticos que estão na mira do procurador-geral da República em decorrência da Lava Jato
Pedro Venceslau e Elizabeth Lopes - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O senador e presidente nacional do PSDB Aécio Neves (MG) afirmou nesta sexta-feira, 27, que não está preocupado com a possibilidade de aparecer algum tucano na lista de políticos investigados na Lava Jato que será entregue ao Supremo Tribunal Federal nos próximos dias pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot.
"Somos homens públicos preocupados com a situação do País", disse o tucano depois de participar de um almoço com as principais lideranças do PSDB na sede do Instituto Fernando Henrique Cardoso, no centro de São Paulo.
A expectativa é de que até o começo da semana que vem Rodrigo Janot apresente ao Supremo a lista de políticos que apareceram nas investigações da Lava Jato, que apura a lavagem de cerca de R$ 10 bilhões envolvendo fraudes em obras, estatais e sobretudo a Petrobrás. Ainda não se sabe se o procurador-geral vai pedir a abertura de ações penais contra os políticos ou se vai pedir a aberturas de inquéritos para aprofundar as investigações.
Também participaram do encontro os senadores Cássio Cunha Lima (PB), líder do partido no Senado, Aloysio Nunes (SP), Tasso Jereissati (CE), José Serra (SP), além do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Quando questionado sobre a tentativa do PT de estender as investigações da CPI da Petrobrás na Câmara aos oito anos da gestão FHC, Serra fez piada. "Deviam investigar a participação dele também na mudança da capital do Rio de Janeiro para Brasília".
Já Aécio, ao ser questionado sobre rumores de que seu nome estaria na lista de Janot afirmou que a história "é uma piada". Em seu blog, o jornalista da Rede Bandeirantes Ricardo Boechat, afirmou que o nome do tucano poderia estar entre os investigados pelo procurador-geral.
A tentativa do PT de apurar o período FHC se baseia no depoimento do ex-gerente da estatal Pedro Barusco, que disse em sua delação premiada que começou a receber propinas em contratos da Petrobrás em 1997, durante o primeiro mandato de Fernando Henrique.
Os tucanos disseram que o encontro foi marcado para "discutir a conjuntura nacional" e nenhum dos presentes confirmou participação na manifestação marcada para o dia 15 de março pelas redes sociais para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
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