Para Francisco de Assis e Silva, Miller já estava fora do Ministério Público
Eduardo Bresciani | O Globo
-BRASÍLIA- O diretor jurídico do grupo da JBS, Francisco Assis e Silva, afirmou, em depoimento à CPI da JBS, que esteve com o exprocurador Marcello Miller no dia 12 de fevereiro e que, no dia 17 do mesmo mês, o apresentou ao executivo Ricardo Saud.
Os encontros teriam ocorrido antes do dia 23 de fevereiro, quando Miller pediu exoneração do cargo de procurador. Francisco disse aos parlamentares não saber que Miller ainda atuava no Ministério Público quando o conheceu e admitiu a ajuda dele na elaboração dos documentos entregues na delação. As informações foram reveladas pelo relator, deputado Carlos Marun (PMDBMS), após a CPI ter ouvido Francisco em sessão secreta.
— Ele (Francisco) disse que o Marcello Miller contribuiu na formatação dos documentos — afirmou o relator da CPI.
De acordo com o relato feito por Marun, o diretor jurídico do grupo disse ter ligado, no dia 19, para o procurador Anselmo Lopes e, no dia seguinte, informou-o do desejo dos executivos, entre eles os irmãos Batista, de fazer delação. Anselmo, então, encaminhou-os à Procuradoria-Geral da República pelo fato de a colaboração envolver pessoas com foro privilegiado. No dia 21, então, Francisco contou ter se reunido com Sérgio Bruno, coordenador da forçatarefa, pela primeira vez. Já no dia 4 de março, ele teria sido recebido por Eduardo Pellela, chefe de gabinete do ex-procurador Rodrigo Janot.
Nenhum comentário:
Postar um comentário