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Sinal verde para a demissão de Mandetta
É grande a tentação do presidente Jair Bolsonaro de nomear mais um militar para ministro – desta vez na vaga a ser aberta no Ministério da Saúde com a saída de Luiz Henrique Mandetta.
Trata-se de um vice-almirante, com experiência de ter sido Diretor de Saúde da Marinha. Bolsonaro imagina que assim poderá ser menor o desgaste de demitir o ministro mais popular do governo.
Entre amigos, Mandetta admite que caiu na armadilha montada por Bolsonaro para livrar-se de sua companhia. De tão provocado, ele confrontou o presidente e perdeu.
Os militares acantonados no Palácio do Planalto deram o sinal verde para que Bolsonaro despache Mandetta. Concluíram que a convivência entre os dois tornou-se impossível.
Em reunião com todos os seus ministros, inclusive Mandetta, Bolsonaro disse que a orientação a ser seguida no combate ao coronavírus é a dele e de mais ninguém. Mandetta ouviu calado.
Voltou a lembrar que foi ele o eleito para presidir o país. Por óbvio, ninguém discordou. Mas quando um presidente sente-se obrigado a dizer que é ele quem manda é porque as coisas vão mal.
Cearenses de volta ao seu Estado para escapar do Covid-19
Migração às avessas
O governo do Ceará começa a registrar com preocupação a chegada ao Estado de ônibus piratas fretados por cearenses que migraram para o Sudeste atrás de trabalho e passaram a morar em regiões faveladas de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Ainda não há números que permitam avaliar o tamanho dessa migração às avessas, mas diversos municípios do interior registram a chegada de muitos cearenses que viviam em Paraisópolis (SP) e na Rocinha (RJ) e que estão fugindo de lá.
O Ceará é o terceiro Estado mais atingido pelo Covid-19. Só perde para São Paulo e Rio. Até ontem tinha 2005 casos confirmados da doença e 107 mortos.
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