O Estado de S. Paulo
Eleitores mulheres, negros e latinos podem fazer falta a Kamala na eleição deste ano
Pesquisas não indicam favoritismo na eleição
dos EUA. A rejeição a Donald Trump é maior do que a de Kamala Harris, que tem
arrecadado mais doações. Indicadores menos visíveis favorecem Trump: o registro
de eleitores e a distribuição dos votos antecipados, além da impopularidade de
Joe Biden.
As doações são um termômetro do humor do
eleitorado e um impulso para comerciais de TV. Kamala arrecadou US$ 1,2 bilhão
e Trump, US$ 700 milhões. Os Estados realizaram uma checagem de integridade nas
listas de eleitores registrados, para eliminar inconsistências, que resultou na
redução de 121 para 118 milhões de habilitados a votar. Os democratas perderam
3,5 milhões de eleitores registrados; os republicanos ganharam 141 mil.
Na Pensilvânia, que detém o maior número de cadeiras no colégio eleitoral entre os Estados-chave, 19, desde a última eleição presidencial o número de democratas registrados caiu 320 mil, enquanto o de republicanos diminuiu apenas 1.400.
Em 2020, por causa da pandemia, apenas 27%
dos eleitores votaram no dia da eleição. A grande maioria recorreu ao voto
antecipado. Em sua campanha para desacreditar o sistema eleitoral, Trump
recomendou há quatro anos que seus eleitores não votassem antes.
Isso pode ter contribuído para sua derrota:
82% dos eleitores de Biden e 62% dos de Trump votaram antes. Nessa eleição,
Trump mudou de tática e orientou seus eleitores a votar antecipadamente.
Na Pensilvânia, de 1,7 milhão de votos pelo
correio, 56% foram de eleitores registrados como democratas e 33%, como
republicanos – aumento em relação aos 23% em 2020. Na Carolina do Norte, outro
Estado decisivo, dos eleitores que votaram antecipadamente, 33,8% são
republicanos e 32,5%, democratas. Outros 33,6% são não filiados.
Os eleitores listam como prioridade economia
e imigração. Na última pesquisa do instituto Ipsos, os entrevistados deram
preferência a Trump sobre Kamala nesses três temas, combinados, por 47% a 37%.
Mesmo assim, 44% disseram que votariam em Kamala e 43%, em Trump. A explicação
para o aparente paradoxo é a rejeição à figura de Trump. Por outro lado, a
economia é uma motivação tão forte que, segundo a minha hipótese, é a
explicação para o fato de mulheres, latinos e negros apoiarem menos Kamala do
que Biden há quatro anos.
Os três grupos ainda preferem Kamala sobre
Trump, mas em proporções menores. Tradicionalmente, latinos e negros foram
decisivos nas vitórias dos democratas. Esses votos podem fazer falta a Kamala
este ano.
Um comentário:
Há tanta tristeza do jornalistas militante em apontar favoritismo por Trump nas eleições
quando é que a nossa mídia vai se comportar como um órgão de informação e não com o órgão Partidário ?
O choro é livre livre!
Os ratos e baratas daqui do Brasil estão em polvorosa ,Principalmente a turma do STF que está com a batata assando no Congresso Nacional americano por censura e Perseguição à oposição brasileira
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